Mês: Março 2021

  • Equipa do Centro Okeanos ganha financiamento para expedição ao mar profundo dos Açores

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    hA equipa liderada pelo Centro Okeanos da Universidade dos Açores garantiu financiamento do Eurofleets+ para tempo de navio de investigação ao abrigo do programa Sea Oceans, permitindo explorar zonas do mar Português nunca antes visitadas.
    A investigação dos ecossistemas do mar profundo requer equipamentos e meios tecnológicos complexos, embarcações oceanográficas de grandes dimensões e tripulações especializadas, o que representa elevados custos económicos. Este tipo de meios de investigação estão raramente disponíveis para a comunidade científica Nacional.
    O financiamento agora garantido pelo Grupo de Investigação do Mar Profundo do Okeanos da Universidade dos Açores vai permitir a realização de uma expedição científica para a exploração de zonas desconhecidas da Dorsal Médio-Atlântica, ao longo de 17 dias. A missão foi baptizada de “iMAR: Avaliação integrada da distribuição dos Ecossistemas Marinhos Vulneráveis ao longo da Dorsal Médio-Atlântica na região dos Açores” e é liderada por Telmo Morato, do IMAR e Okeanos da Universidade dos Açores, que realça a importância deste financiamento.
    “As equipas de investigação do mar profundo em Portugal têm tido alguma dificuldade no acesso a navios de investigação de grande dimensão, que possibilitem trabalhar em águas mais profundas e mais distantes e com os meios tecnológicos adequados. Os nossos projectos de investigação Regionais, Nacionais ou Europeus não conseguem suportar os custos associados à diária de um navio destas características, que pode rondar entre 20 e 60 mil€. Apesar de, nos últimos anos, termos alcançado grandes avanços no conhecimento do mar profundo dos Açores, ainda há muito por conhecer e por descobrir. Por tudo isto, a oportunidade gerada pelo Eurofleets+ e pela Royal Netherlands Institute for Sea Research para utilizar o Navio de Investigação “Pelagia” nos Açores, durante a primavera de 2021, irá contribuir para avançar o conhecimento do mar profundo em Portugal. Esperamos que os dados produzidos ajudem a conhecer melhor as espécies que habitam o mar profundo dos Açores e contribuir com informação de suporte a políticas de conservação e gestão, nomeadamente no que diz respeito à conservação de ecossistemas marinhos vulneráveis.”
    A Dorsal Atlântica é uma cordilheira vulcânica que se estende desde o Ártico até à Antárctica e, por isso, é a estrutura topográfica dominante do Oceano Atlântico e a cordilheira mais extensa do mundo. À medida que o Oceano Atlântico se expande lentamente, um novo fundo oceânico é formado no vale central da Dorsal. Neste processo, eventos vulcânicos massivos dão origem a estruturas semelhantes a cristas e montes submarinos com profundidades desde os 4.500 m até cerca de 200 m no topo de alguns montes submarinos. A expedição “iMAR” vai cartografar os fundos desta região e caracterizar as comunidades de corais e esponjas que habitam as cristas e montes submarinos na Dorsal. Pretende ainda identificar os factores ambientais que determinam a distribuição espacial da biodiversidade bentónica de profundidade.
    Marina Carreiro Silva, co-líder do grupo de investigação e especialista em corais de águas frias, também do IMAR e Okeanos da Universidade dos Açores, refere:
    “O mar profundo dos Açores esconde uma diversidade de comunidades biológicas única no Oceano Atlântico. A região dos Açores alberga extensos jardins de corais de águas frias e campos de esponjas e é a região com a maior diversidade de octocorais conhecida no Atlântico Norte. Contudo, explorar o mar profundo é ter a certeza que todos os dias descobrimos coisas novas. Por isso o financiamento Eurofleets+ vai possibilitar-nos continuar a descobrir o mar dos Açores e explorar zonas no Norte da região nunca antes visitadas”.
    Por seu turno, o comandante João Vicente, Chefe da Divisão de Hidrografia do Instituto, refere a elevada importância deste cruzeiro científico que contribuirá também para o programa SEAMAP 2030 (Mapeamento do Mar Português) do Instituto Hidrográfico (IH). Este programa visa completar o mapeamento de elevada resolução dos espaços marítimos nacionais até 2030 e tem como missão contribuir para a conservação e uso sustentável do mar, apoiando a investigação e promovendo o desenvolvimento.
    “O IH apoiará a aquisição de dados multifeixe recolhidos durante essa missão e executará o processamento dos mesmos em suporte às restantes atividades científicas. Paralelamente a este cruzeiro científico, a Marinha Portuguesa prevê realizar em 2021 mais uma missão hidrográfica nos Açores recorrendo aos seus navios hidrográficos, mantendo o compromisso do programa SEAMAP 2030 e em partilhar a informação com a comunidade científica e com outras instituições através do Instituto Hidrográfico.”
    A expedição “iMAR” tem também como objectivos identificar novas áreas que se enquadrem na definição de Ecossistemas Marinhos Vulneráveis, determinar o estado ambiental das comunidades bentónicas e quantificar o lixo marinho, contribuindo assim com informação científica para o desenvolvimento de políticas que promovam a preservação do património natural, garantindo o uso sustentável do mar profundo, minimizando os impactos negativos nestes ecossistemas tão vulneráveis.
    A expedição é financiada pelo projecto Eurofleets+, do programa Horizonte 2020, que visa reunir uma frota de navios de pesquisa avançada e integrada para melhorar a coordenação e promover o uso económico da infraestrutura de pesquisa marinha. O programa engloba vinte e sete navios de investigação, sete Veículos Operados Remotamente (ROVs), cinco Veículos Submarinos Autónomos (AUVs) e uma unidade portátil de telepresença.
    Aodhán Fitzgerald, coordenador do projeto Eurofleets+, refere que o projecto possibilita o acesso aos mais modernos navios de investigação, proporcionando oportunidades para estudar locais ainda por explorar.
    “Os investigadores financiados através do projecto Eurofleets+ podem aceder a Navios de Investigação com capacidades diferentes daquelas disponíveis nos navios nacionais existentes que possam estar à sua disposição. Tais oportunidades permitem expedições importantes, como é o caso do “iMAR”, para explorar e estudar novos ecossistemas marinhos, e compreender melhor os impactos negativos nos nossos ambientes de águas profundas.”
    Já o Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, refere que é muito importante que os cientistas dos centros de investigação nacionais aproveitem as oportunidades para usarem plataformas de acesso ao mar profundo, como aquelas disponibilizadas pelo programa europeu Eurofleets+.
    “A investigação científica oceânica é sempre cara e tecnologicamente exigente, em especial se pretendemos explorar os ambientes mais remotos e de difícil acesso como é o mar profundo. É mais uma etapa do percurso rico da equipa de investigação do mar profundo do IMAR/Okeanos da Universidade dos Açores, liderado pelos Doutores Telmo Morato e Marina Carreiro-Silva, pelo mérito de terem conseguido esta bolsa que permite alocar, durante 17 dias, o NI Pelagia, do laboratório belga NIOZ, para a campanha iMAR. Estes ecossistemas do oceano profundo dos Açores são únicos e ainda mal conhecidos, principalmente no setor a norte das ilhas. Esta campanha científica irá certamente desvendar ecossistemas exuberantes e vulneráveis escondidos nesta que é a maior cadeia de montanhosa submersa do planeta”.ttp://diariodosacores.pt/NewsDetail/ArtMID/380/ArticleID/4278/Equipa-do-Centro-Okeanos-ganha-financiamento-para-expedi231227o-ao-mar-profundo-dos-A231ores
    Equipa do Centro Okeanos ganha financiamento para expedição ao mar profundo dos Açores
    DIARIODOSACORES.PT
    Equipa do Centro Okeanos ganha financiamento para expedição ao mar profundo dos Açores
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  • Visão | CORREÇÃO: Investigador português de universidade de Macau reconhecido pela revista Nature

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    O investigador português André Antunes foi reconhecido pelo seu trabalho na área da Astronomia pela revista Nature, disse hoje a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, sigla em inglês)

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  • Educação em Macau é patriota para evitar interferência estrangeira, garante Ho Iat Seng

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    FOTOGRAFIA: EDUARDO MARTINS/ARQUIVO O Chefe do Executivo disse à televisão estatal chinesa que a base da educação no território e em Hong Kong tem de ser patriota para não ser influenciada pelo est…

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  • Verão terá 10 voos semanais entre a Madeira e os Açores – Rádio Calheta

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    É uma aposta forte da SATA, para a operação entre 01 de junho e 30 de setembro, na permuta de turismo entre os dois arquipélagos, mas também aproximando cidades como Boston e Toronto à Madeira. A SATA/Azores Airlines procedeu a uma profunda alteração na programação para o Verão IATA 2021, na operação que tem entre São Miguel (Açores) e a Madeira, comparativamente à oferta habitual.A primeira grande novidade, e que acontece pela primeira vez, vai no sentido de que entre 1 de junho a 30 de setembro, a transportadora açoriana passará a ter dois voos diários Ponta Delgada-Funchal-Ponta Delgada, às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras e diários nos outros dias, conferindo 10 frequências semanais em cada sentido.Nos horários, igualmente pela primeira vez, a aeronave pernoita na Madeira, passando o voo diário para novos horários: Funchal-Ponta Delgada às 05h15 e Ponta Delgada-Funchal às 20h10. Horários que constituem um estímulo à procura pelo ponto a ponto, mormente com origem na Madeira, garantindo ligações imediatas de e para todas as ilhas dos Açores.Este um horário irá prevalecer diariamente e os voos adicionais às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras operam no horário habitual, com partida de Ponta Delgada às 08h10 e do Funchal às 11h55, propiciando ligação de e para Toronto (Canadá) e Boston (Estados Unidos), naquela que é uma aposta da companhia em promover uma ponte aérea entre a Madeira e aquelas cidades.Na lógica do madeirense, o horário constituiu uma mais valia, mas o tráfego com origem nos Açores ficará em desvantagem, pois os horários encurtam o tempo de estadia na Madeira.Os voos, comercializados sob o código da Azores Airlines (S4), serão operados em avião ‘Bombardier’ – Dash Q400 da SATA Air Açores, com capacidade para 80 passageiros em classe económica, o que traduz uma oferta semanal de 800 lugares em cada sentido. Nos quatro meses, a Azores Airlines ficará com uma capacidade de cerca de 12.800 lugares em cada sentido.Em outubro, entre os dias 01 e 30, volta à operação habitual, com um voo diário Ponta Delgada-Funchal-Ponta Delgada, no horário normal: saída dos Açores às 09h05 e regresso da Madeira às 12h50.Já de 28 do corrente mês a 31 de maio, a operação ficará reduzida com quatro frequências semanais (segundas, quartas, sextas e sábados), naquele horário, que permitem ligações aos voos da capital de São Miguel para Toronto e para Boston, e vice-versa. Aprovado reforço da promoção no continente norte-americanoAo JM, Nuno Vale, diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira, não escondeu a sua satisfação por esta operação da SATA. “Sem dúvida que o mercado Estados Unidos e o mercado do Canadá hão de ser mercados importantíssimos para nós e têm sido alvos de intensos estudos para acertar, em termos de montagens de estratégias de alavancagem. Sem dúvida, também, que qualquer operação que permita estimular as ligações para a Madeira vindas do continente norte-americano, são importantíssimas” referiu.De resto, lembrou que “para este ano já foi aprovado um reforço do investimento de promoção para esses mercados”, ressalvando que “estamos a falar do mercado dos Estados Unidos e do mercado do Canadá, no geral”. Atrativo é ainda essa possibilidade de os Açores, enquanto mercado emissor, reforçarem a presença na Madeira. Em termos de promoção, Nuno Vale diz que “sim, estamos a trabalhar no mercado dos Açores. Basicamente, quando consideramos o mercado nacional, não é só o Continente, mas também as outras ilhas”.Tudo isto inserido numa estratégia em que, neste momento, “há muitas conversações com companhias aéreas e com situações de aumento de alocações”. Está, pois, a ser feito um trabalho no sentido termos um verão bastante forte. Assim nos deixe a pandemia. Com a evolução da vacinação e da própria pandemia, que esperamos que seja no sentido da diminuição sustentada, trabalhamos, a todos os níveis para que possamos ter operações consolidadas”, disse ainda Nuno Vale.

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  • Ilha do Corvo deverá ser primeiro território português a conseguir imunidade de grupo

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    Vai tornar-se um dos locais mais seguro do planeta, no que respeita à Covid-19. A ilha do Corvo nos Açores começa hoje a dar o último passo em direção à imunidade de grupo, com a administração da segunda dose da vacina aos habitantes. São mais de trezentos a receber a vacina.

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  • Tarifas aéreas a 60 euros entre as ilhas dos Açores “arrancam este ano”

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    Tarifas aéreas a 60 euros entre as ilhas dos Açores “arrancam este ano”
    A tarifa de 60 euros para o transporte aéreo inter-ilhas foi defendida pela primeira vez pelo PSD/Açores em junho de 2020, quando o partido estava na oposição.
    As tarifas aéreas a 60 euros entre as ilhas dos Açores vão arrancar este ano, estando já incluídas no Plano e Orçamento da região para 2021, revelou esta terça-feira o secretário das Finanças do Governo Regional, Bastos e Silva.
    “A entrada das tarifas está prevista para este ano e o seu impacto está acolhido no setor dos transportes, portanto está aí [no Orçamento regional], claro, é um serviço público”, declarou o governante.
    A tarifa de 60 euros para o transporte aéreo inter-ilhas foi defendida pela primeira vez pelo PSD/Açores em junho de 2020, quando o partido estava na oposição.
    “Sim, arrancam este ano”, reforçou Bastos e Silva, que falava em Ponta Delgada, nas instalações do Conselho Económico e Social dos Açores, órgão que reuniu em plenário para apreciar o Plano e Orçamento da região para 2021.
    A proposta de Orçamento dos Açores para este ano é de cerca de 1.900 milhões de euros, dos quais 165,7 milhões destinados ao transporte aéreo e à reestruturação da SATA, avançou à Lusa, na semana passada, o secretário regional das Finanças.
    “Trata-se de um orçamento de valor muito significativo, quase 1.900 milhões de euros, com um plano de 720 milhões, todos esses números são bastante superiores ao que sempre aconteceu na região”, disse hoje Bastos e Silva.
    O secretário regional destacou que existe “margem” para a inclusão de novas propostas no Plano e Orçamento, como “matérias relativas a alguma ilha em especial”, desde que “dentro dos limites do razoável”.
    “Estamos num processo de diálogo que só terminará no fim da sessão parlamentar, até lá estaremos disponíveis para ouvir, refletir e acolher propostas que sejam para bem dos Açores”, assinalou.
    Bastos e Silva salientou ainda que este ano a região terá “uma gestão de verbas um pouco mais flexível”, podendo existir um orçamento suplementar em 2021 devido à situação “anormalmente imprevisível” da pandemia de covid-19.
    “Temos de ver a questão do ‘timing’ porque depois, em outubro, teremos o orçamento para 2022, mas não excluímos a possibilidade de haver retificação no orçamento suplementar para melhor acerto de verbas”, frisou.
    O responsável pela pasta das Finanças do Governo dos Açores de coligação PSD/CDS-PP/PPM salientou ainda que o Orçamento para este ano procura cobrir uma “herança do passado” através de “verbas muito significativas”, dando o exemplo do setor da saúde.
    Segundo Bastos e Silva, o documento pretende “parar” com a criação de dívida dos hospitais regionaisaos fornecedores (dívida comercial), uma vez que essa dívida ascende a 150 milhões de euros.
    “Estamos a aumentar a despesa em saúde em quase 40% relativamente a um ano que está pertíssimo, que é 2019. O que é que isto quer dizer? Quer dizer que também vamos parar a criação de dívida comercial”, destacou.
    O plano e orçamento da região tem de ter pareceres do conselho económico e social dos Açores (CESA) e dos conselhos de ilha, sendo depois discutido e votado na Assembleia Legislativa Regional.
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  • os países mais corruptos

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