Triste sociedade que não consegue guardar as caixas, os papéis e os cartões por uns dias na sua casa.
Triste sociedade que não consegue reduzir o desperdício alimentar.
Triste sociedade que só se lembra dos funcionários da recolha de lixo entre o Natal e o Ano Novo.
Triste sociedade que reclama serviços mas não é capaz de colaborar nem com a limpeza na sua rua.
Triste sociedade que continua a atirar lixo para cima de um contentor sobrelotado.
Triste sociedade que não consegue fazer separação de resíduos em 2020 “porque dá muito trabalho”.
Triste sociedade – alienada, egoísta e comodista.
Triste sociedade que se vangloria de prémios e galardões mas que não consegue manter a frente da sua casa e do seu prédio limpas.
Coro de vergonha de andar pelas ruas desta ilha e ver como estão conspurcadas.
Coro de vergonha ao ver beatas e máscaras atiradas por todo o lado, à volta do Hospital.
Coro de vergonha por não haver separação de RSU’s no maior hospital da região.
Coro de vergonha ao sair de um hipermercado e só ver lixo em redor.
Coro de vergonha quando passo na zona industrial dos Valados e Azores Parque e à porta de quase todos os armazéns só vejo maus exemplos.
Coro de vergonha quando dou um passeio na Praia de Santa Bárbara e vejo que não é limpa. Mas há um “Monumento ao Surfista”! Ribeira Grande – que quer ser capital do surf mas não consegue assegurar a limpeza da orla costeira.
Coro de vergonha por não haver uma política séria de Resíduos que envolva Governo, Municípios e cidadãos, por ainda estarmos a discutir a incineradora de São Miguel, passados 20 anos e por não haver supervisão, fiscalização e coimas à altura de toda esta monumental porcaria.