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A música é uma das expressões dos povos. Não há povo que não faça música dum ou doutro jeito. Os estilos musicais são expressões da história musical desses povos e, nesse senso, a mal chamada ou mal entendida (e mal explicada) música clássica é mais uma manifestação do povo galego que deve ser estudada como um dos nossos valores mais dignos, um dos contributos galegos à história universal da música e dos povos. Isto era bem sabido na época da Geração Nós, cuja revista recentemente fez os 100 anos da primeira publicação. Nas primeiras décadas do século XX, o movimento de músicos galegos em colaboração com o galeguismo da época desenvolvia uma atividade popular e erudita intensa e planejava a fundação do Conservatório Nacional de Arte Galega no seio das Irmandades da Fala. Esta seria uma instituição debruçada sobre o estudo da música galega, que educaria sobre os instrumentos, intérpretes, compositor@s, espaços de educação musical, partituras, fundos e tudo o referente à música na Galiza. Infelizmente, o objetivo não chegou a se realizar e ainda hoje é uma utopia. Este pode ser um exemplo de por que hoje não sabemos grande cousa da música clássica e d@s músic@s históric@s galeg@s.

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Isabel Rei : «A mal chamada música clássica é mais uma manifestaçom do povo galego que deve ser estudada como um dos nossos valores mais dignos»
Para começarmos esta entrevista, poderias dar-nos umhas sucintas notas biográficas e dizer-nos como nasceu o teu interesse pola música? IRS: Foi, possivelmente, por causa do ambiente familiar. Eu nasci numa família de músicos. Meu pai aprendeu solfejo e acordeão no Brasil e ensinou música aos…