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Até um dia minha amiga 😪😪😪😪
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Por um novo ciclo político nos Açores
Após 24 anos de governação regional em maioria absoluta, o Partido Socialista não merece uma nova maioria absoluta, nas eleições legislativas regionais açorianas, que se realizarão no próximo dia 25 de Outubro.
É verdade que o Partido Socialista nos Açores não tem alternativa, porque a oposição está dispersa e é fraca. O principal partido da oposição, o Partido Social Democrata, teve quatro anos para se preparar convenientemente para estas eleições, mas o resultado é muito insatisfatório. Os partidos mais pequenos, apesar das suas limitações, apresentam-se mais determinados.
Mas se é verdade que o Partido Socialista nos Açores não tem alternativa, também é verdade que o Partido Socialista não aproveitou convenientemente a estabilidade política regional para resolver muitos problemas existentes e que são do conhecimento de todos os açorianos. Enumerá-los agora seria fastidioso, porque a lista é longa…
A perda da maioria absoluta pelo Partido Socialista é condição necessária para haver nos Açores mais democracia, maior controlo democrático, mais liberdade e maior progresso. É imperioso “abrir” mais a sociedade, haver mais diálogo e respeitar mais a vontade das pessoas concretas, satisfazendo mais os interesses da comunidade e resolvendo mais os problemas existentes, a começar pela Saúde, pela Educação e pelos Transportes.
Quando o Partido Social Democrata perdeu a maioria absoluta na Região Autónoma da Madeira, após um longo período de maiorias absolutas, o Partido Socialista regozijou-se com tal facto e elogiou a decisão do eleitorado madeirense. Se o Partido Socialista perder nas próximas eleições legislativas regionais açorianas a maioria absoluta, deve aceitar com humildade democrática a decisão do eleitorado açoriano. Será a melhor situação para a Região Autónoma dos Açores, abrindo-se um novo ciclo de maior afirmação democrática.
Se, porém, o Partido Socialista mantiver a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional – o que poderá acontecer, face à fraqueza da oposição e a uma previsível grande abstenção, porque as pessoas estão cansadas de promessas não cumpridas e de problemas que nunca se resolvem -, não deve “cantar de galo”: deve assumir, igualmente, uma posição de humildade democrática e prestar-se a um trabalho político e administrativo mais consistente e mais competente, porque problemas para resolver é o que há mais no arquipélago.
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Paris homenageia heroína negra da resistência contra a escravidão
inaugurando um parque dedicado a Solitude, que lutou pela liberdade de escravos em Guadalupe, e a respectiva estátua. Monumento é o primeiro da cidade de Paris a homenagear uma mulher negra.
Solitude nasceu em 1772, filha de uma escrava africana que havia sido estuprada por um marinheiro branco que trazia escravas para as Antilhas. Embora a escravidão tivesse sido abolida na França em 1794, Napoleão Bonaparte ordenou o restabelecimento da prática nas colónias francesas e enviou tropas para Guadalupe em 1802.
A mudança gerou revolta e muitas mulheres negras que eram ex-escravas se revoltaram. Solitude aderiu ao movimento de resistência. Com apenas 30 anos e grávida, ela foi presa e condenada à morte. Em 28 de novembro de 1802, ela deu à luz e, no dia seguinte, foi enforcada. A França aboliu de nove a escravidão, mas apenas em 1848.
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POEMA POUCO ORIGINAL DO MEDO
O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
ótimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projetos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Alexandre O’Neill