Arquivo mensal: Setembro 2020

crise em timor PR veta lei

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PR timorense veta lei de proteção civil preocupado com eventuais restrições de direitos

Díli, 01 set 2020 (Lusa) – O Presidente da República timorense vetou politicamente o decreto-lei da Proteção Civil por questionar assuntos como a declaração de calamidade pública e outros aspetos que podem ter efeitos nas restrições de direitos, liberdades e garantias.
Os argumentos de Francisco Guterres Lu-Olo estão expressos no documento que enviou ao Parlamento Nacional a justificar a decisão de veto político e que foi hoje discutido na conferência de líderes das bancadas parlamentares.
Apesar de reconhecer a necessidade de um diploma que defina o “indispensável” quadro jurídico para poder “prevenir e responder a situações fora da normalidade”, Lu-Olo considera que se deve ponderar adequadamente o texto para que seja “consistente” com as restantes leis.
No documento, a que a Lusa teve acesso, o chefe de Estado destaca, entre outras questões, as declarações de estado de alerta, contingência e calamidade, considerando que no diploma não estão “suficientemente delimitadores, por terem como base acontecimentos aparentemente iguais”.
“Complexa e particularmente polémica”, refere, é a declaração de situação de calamidade, especialmente porque algumas das medidas previstas restringem direitos, liberdades e garantias.
A Constituição timorense define apenas estado de sítio e de emergência, não havendo nas leis do país a definição de “calamidade pública”.
Lu-Olo nota, porém, que a lei da proteção civil usa várias vezes este termo “como pressuposto para o Governo poder aplicar determinadas medidas restritivas” em caso de “acidente grave” ou “catástrofe”.
“Se for adotada uma ‘situação de calamidade’ poderá ser questionada a fundamentação dos seus pressupostos no âmbito da diferença entre calamidade dentro da normalidade constitucional e (…) em estado de exceção constitucional”, refere.
Referindo-se às medidas restritivas previstas no decreto, o Presidente considera que “as disposições do decreto não deverão ser invocadas para se fazer substituir ao estado de exceção constitucional”.
“Não podemos invocar pressupostos menores para depois, na prática, podermos utilizar modalidades jurídicas que afetem direitos, liberdades e garantias que somente deverão ficar suspensos num estado de exceção constitucional”, diz.
O chefe de Estado alude ainda à possível delimitação de zonas sanitárias e de segurança, prevista no decreto, sem que estejam definidos os conceitos que são, na prática, próximos ao de cercas sanitárias, que estiveram previstas num outro decreto, de vigilância sanitária, previamente vetado por inconstitucionalidade.
“Nos termos em que o mesmo se encontra redigido e no atual quadro legal, não se alcança o objetivo de se prever ‘zonas sanitárias’ num diploma que não se relaciona diretamente com matérias de saúde pública”, refere.
Lu-Olo defende, por isso, que as questões mereçam “melhor ponderação” pelo que pede ao parlamento a “nova apreciação” do diploma.
A nova lei da proteção civil, aprovada em 21 de julho, deveria servir como enquadramento para o que o Governo espera seja um investimento “mais robusto” na capacitação da Autoridade de Proteção Civil.
O texto, aprovado por 57 votos a favor e quatro abstenções e que teria de ser seguido por vários diplomas de regulamentação, delimita “o nível político de definição e orientação das políticas de proteção civil”, definindo os novos Conselhos Nacional, Regional e Municipais de Proteção Civil, e o nível de execução dessa mesma política”.
O diploma estabelece a Autoridade de Proteção Civil, “entidade que ao nível operacional executará todas as missões definidas e planeadas de proteção civil”, ao nível nacional, regional e municipal.

ASP // VM
Lusa/Fim

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Bancadas do Governo timorense consideram “subversiva” ação de contestação a PR

Díli, 01 set 2020 (Lusa) – Representantes das três bancadas do Governo no parlamento timorense consideraram hoje “subversivos” os elementos de um movimento de contestação ao Presidente da República, apesar de defenderem que a questão deve ser resolvida pela polícia.
“Consideramos que a ação do movimento é uma ação subversiva. Pretendem criar um ambiente de desestabilização do país e provocar uma situação descontrolada”, disse à Lusa Francisco Branco, da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), maior partido no parlamento.
Francisco Branco e representantes das bancadas do Partido Libertação Popular (PLP) e do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) contestaram hoje as ações do movimento Resistência Nacional de Defesa da Justiça e Constituição de Timor-Leste, liderado por Ângela Freitas e Antonio Aitan-Matak.
Em particular, Branco referiu-se a um documento produzido pelo movimento e circulado publicamente, em que ameaçam recorrer a grupos de artes marciais e até “forças dissidentes das forças de defesa e da polícia armados”.
“É um documento e uma ação que pretende criar a desestabilização do Estado e do país”, afirmou.
As três bancadas consideram que a linguagem do documento é de “espírito subversivo” procurando “obrigar o Presidente da República a resignar do cargo, sob ameaça”.
Apesar da contestação à ação do movimento, Francisco Branco disse discordar da decisão de envio hoje para as imediações da sede do movimento de um grupo de militares, depois do comandante das forças armadas ameaçar os dirigentes do grupo de prisão.
“Penso que o destacamento dos militares não deveria ter sido feito. Esta é uma questão que deve ser controlada pela polícia, que deu autorização para a manifestação [prevista para sexta-feira], e não pelos militares”, referiu.
O comando das forças armadas timorenses destacou hoje um pequeno contingente de militares para a rua da sede do movimento.
Os militares armados foram destacados em três pontos da rua Água da Fonte, nas imediações do palácio do Governo, onde fica a sede do Partido Trabalhista (PT), liderado por Ângela Freitas, e que é sede do movimento.
“Se nesta ação pacífica do grupo surgir algum crime, eu próprio vou levar as forças para prender toda a liderança máxima que organizou esta ação. Eu vou mandar prender a Ângela e o Aitahan Matak. Se eles querem destituir os ‘katuas’ [mais velhos] através de uma manifestação, eu mando as forças atuarem e responsabilizo-me por responder em tribunal e pelos direitos humanos”, ameaçou Lere Anan Timur, comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).
Em declarações à Lusa, Ângela Freitas disse que não iria para já à sede do partido, por estar em diálogo com a polícia nacional e o Ministério Público pelo que considera ser “uma ação de intimidação” do comandante militar.
“Ouvimos as declarações do comandante Lere. Estas ameaças a um civil são um crime. Estamos num país democrático e tenho todo o direito de expressar a minha insatisfação pelo que considero serem violações à Constituição”, disse à Lusa.
Ângela Freitas considerou que o destacamento de militares em torno da sede do seu partido configura “um comportamento de ditadura com forças militares, que é muito perigoso num país democrático”.
Francisco Branco admitiu que é preciso “mais cuidado dos líderes militares nas declarações políticas”, admitindo que neste caso “pode ter havido algum excesso” nos comentários de Lere Anan Timur.
“Temos que ver o outro lado positivo dos comentários que é tentar evitar o mal maior, de desestabilização”, considerou.

ASP // VM
Lusa/Fim

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Comments
  • Lito da Cunha Se deixamos continuar vao criar nova crise.Saimos dum impasse para entramos noutra crise.E uma manobra bem planeada pelo grupo o CNRT e os seus lacaios que perderam o poder. Mudansa do governo desmantelaram toda a estrutura implementada pelo CNRT durante a sua governacao. Sabendo de antemao que o Presidente nao ira resignar na ejigencia dum punhado de corruptos. So sera uma eleicao. Timor Leste sempre viveu num regime ditatorial no passado a democracia tornou se abusiva sem limite sem responsabilidade. Nao quer dizer Lere tem posicoes ditatorias numa situacao destas as forcas armada’s devem ter posicoes duras em relacao as posicoes do grupo da bandida Angelina. Nao se admite as propagandas insultuosas e abusivas do grupo mafioso financiado pelos elements ligados a CNRT ao lideransa nacional. Isto nao e democracia como estao a fazer. Abracos

O vírus SARS-Cov-2 (COVID-19) nunca foi isolado – Paradigma da Matrix

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O vírus SARS-Cov-2 nunca passou pelos postulados de Koch (1877) ou sequer os de Rivers (1937) , que foram formulados para se poder determinar uma relação

Source: O vírus SARS-Cov-2 (COVID-19) nunca foi isolado – Paradigma da Matrix