Arquivo mensal: Agosto 2020

O DESEMBARQUE DO MINDELO

Views: 2

Image may contain: one or more people, people standing, sky and outdoor
Miguel Castelo Branco

Um exército de bandidos desembarcou na Praia dos Ladrões

O Público dedica hoje duas páginas ao célebre desembarque do Mindelo.

“Em Junho de 1832, a esquadra comandada pelo britânico George Rose Sartorius rumou à costa norte de Portugal com sessenta navios e mais de oito mil homens (muitos deles mercenários e auxiliares de diversas nacionalidades), Conceição Meireles Pereira, in Público, 27 de Agosto de 2020.

Ora, entre várias cogitações a propósito dos “Bravos do Mindelo”, ocorreu-me esta leitura que a seguir transcrevo:“D. Pedro e a sua expedição desembarcaram na Praia dos Ladrões, cerca do Mindelo, a 8 de Julho. As forças liberais – que foram chamadas os “7 500 Bravos do Mindelo!” – eram constituídas por 2300 franceses, 2130 ingleses, 900 belgas, 500 polacos, 400 irlandeses e 370 escoceses; portugueses eram apenas 900; quanto à esquadra, comandavam-na e tripulavam-na ingleses”. Lê-se nas Memórias do Conde de Lavradio, D. Francisco de Almeida Portugal (Imprensa da Universidade de Coimbra, 1933, vol II) coevo dos acontecimentos, que quase todos os mercenários estrangeiros “saíram das classes menos estimáveis da sociedade, isto é, dentre os homens que, por sua imoralidade e vícios, estão dispostos a cometer toda a espécie de crimes”.

Afinal, os libertadores não eram portugueses, mas mercenários, e não eram românticos, mas cadastrados. Seria como se hoje desembarcasse nas costas portuguesas um exército do ISIS pago pela city londrina e invocando aqui vir para libertar os portugueses da tirania.

QUARENTENAS -HABEAS CORPUS- INFEÇÕES

Views: 0

1- A lei deve ser cumprida, isto é em caso de não ser positivo o pedido para quarentena deve ser solicitado tribunal.
2 – Em caso de estrangeiros a notificação da quarentena deve ser dada na língua nativa do cidadão, creio que o GRA deve ter quem escreva Francês, inglês, Alemão etc…. ou trate de contratar rapidamente
3- As quarentenas tem prazos e as contra analises devem ser efectuadas nos prazos determinados.
4- não vale a pena chorar, pois tudo o que pretendem pode ser feito desde que legalmente. é mais fácil culpar os tribunais do que corrigir erros.
5- os privados já estariam a ser notificados e a pagar coimas se tivessem violado a lei de forma tão grotesca.
Comments
View 2 more comments

2 of 10

  • Leila Melo Se um português for infectado na Alemanha lvao lhe comunicar em português? Fica a minha dúvida
    View 1 more reply
    • Sonia Borges de Sousa O Tribunal Judicial da Comarca dos Açores aponta que aos cidadãos requerentes “nunca foi transmitida qualquer informação, comunicação, notificação, como é devido nos termos da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, na sua língua materna”.
  • Mónica Medeiros Rua com esse gajo.
    4 replies
View 6 more comments
Write a comment…

PINHAL DE LEIRIA

Views: 0

Image may contain: tree, sky, outdoor and nature
Image may contain: sky, outdoor and nature
José Luis

Irónico e bem escrito

“Foi uma ideia original de D. Afonso III e de seu filho D. Dinis, plantador de naus a haver. Estúpidos e meio boçais, nunca apresentaram um Plano de Ordenamento e Gestão Florestal. Depois deles, o filho da mãe do D. Afonso IV não mandou fazer estudos topográficos e geodésicos. D. Manuel I, desmiolado, esqueceu-se de estudar os resíduos sólidos e os recursos faunísticos. D. João V, esse palerma, desprezou os avanços da bioclimatologia e da ecofisiologia das árvores.
A maluca da D. Maria I não percebia nada de biologia vegetal e da diversidade das plantas. No fundo, era uma reaccionária.
O resultado de sete séculos de incúria está à vista: ardeu tudo.
Há-de ali nascer um novo pinhal, após rigorosos estudos académicos e científicos. Em vez do bolorento nome de Pinhal de El-Rei, irá decerto chamar-se Complexo Bio-Florestal 25 de Abril, com árvores de várias espécies para assegurar a pluralidade, esplanadas e bares, passadiços, zonas culturais — e uma ciclovia asfaltada da Marinha Grande a São Pedro de Moel.
Estou certo de que o projecto assentará numa “visão pós-moderna da natureza” e no “conhecimento da dinâmica dos sistemas vivos”, além da “capacidade de análise e interpretação da paisagem como meio influenciador do homem”.
Bem vistas as coisas, tivemos muita sorte.”
Bruno Santos

 

NOTA: O que me espanta é como foi possível. Tantas centenas de anos sem aviões para apagar fogos, sem SIRESP, sem carros de bombeiros, sem autoridade (?) da protecção civil e sem diversificação das espécies … e só agora (que já temos essa “merda” toda) é que ardeu !!!

estude-se o passado dos Açores

Views: 0

Partilha-se Editorial de hoje do jornal Diário Insular com o título “O que não lembrava ao diabo…”

O provável passado pré-português dos Açores (no que diz respeito a presença humana) é algo que não pode continuar a ser estudado apenas por alguns indivíduos dos Açores ou por institutos ou universidades que chegam de fora, fazem um trabalho sobre uma coisa específica e regressam a casa.
As peças já descobertas e, de entre estas, as já datadas – tudo isto cria um corpo de estudo que não pode ser ignorado. O tempo da célebre comissão de “zombies” que decidiu que não havia razões para pesquisar uma eventual presença humana antes da chegada dos portugueses às ilhas é passado – e de preferência para esquecer.
Já são demasiadas as datações. Todas realizadas por laboratórios de referência. As contra-análises são possíveis, mas ninguém as faz. Parece óbvio que uma coisa é “dizer coisas”, outra coisa é entrar em confronto com laboratórios estrangeiros reputados. Aí esmorecem as bocas, que deixam de mandar “bocas”. O que é revelador.
A Região deveria apostar muito a sério no estudo de um ativo que pode revelar-se fabuloso, não só em termos científicos, mas também para o turismo. Por exemplo, uma possível Universidade do Atlântico teria aqui um vasto espaço de trabalho, até porque pode estar em causa a descoberta de novas dinâmicas na dispersão da humanidade. E um determinado nicho de turismo, científico e de curiosos endinheirados, também seria uma aposta provavelmente interessante.
Em boa verdade, nunca conseguimos perceber como nasceu e de que se alimenta o desprezo das autoridades regionais face ao estudo de um possível passado pré-português. É uma de muitas coisas que acontecem, não havendo, porém, qualquer razão que possa justificar tal comportamento.
Já nos passou pela cabeça que poderemos estar perante um devaneio de Lisboa, que terá decidido que provas definitivas sobre um passado pré-português dos Açores poderão reacender eventuais desejos independentistas ou outros. Seria uma ideia bizarra. E mais bizarro ainda seria as autoridades regionais alinharem num tal desatino.
Para nós, a ciência é uma coisa simples. Colocam-se as hipóteses e vamos ao que interessa. No fim, fazemos contas à vida. O que der é o que deu. E ponto final. Nunca nos passaria pela cabeça que alguém decidisse que um fenómeno que existe – ou que parece existir – não deve ser estudado. Ora, alguém se esforçou para negar o possível passado pré-português dos Açores a sua prova ou negação científica. Porquê? Eis a questão de um milhão de dólares.
Não é a primeira vez que escrevemos sobre este assunto. E pelo andar da carruagem não será a última.

Fotografia de Henk Van Oosten.

Image may contain: one or more people, plant, outdoor and nature
Comments
Write a comment…

josé luis peixoto autógrafos na feira do livro

Views: 0

Neste sábado, dia 29 de agosto, a partir das 15h, estarei a autografar os meus livros na Feira do Livro de Lisboa (espaço Porto Editora).

Image may contain: Jose Luis Peixoto, sitting and indoor