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Um exército de bandidos desembarcou na Praia dos Ladrões
O Público dedica hoje duas páginas ao célebre desembarque do Mindelo.
“Em Junho de 1832, a esquadra comandada pelo britânico George Rose Sartorius rumou à costa norte de Portugal com sessenta navios e mais de oito mil homens (muitos deles mercenários e auxiliares de diversas nacionalidades), Conceição Meireles Pereira, in Público, 27 de Agosto de 2020.
Ora, entre várias cogitações a propósito dos “Bravos do Mindelo”, ocorreu-me esta leitura que a seguir transcrevo:“D. Pedro e a sua expedição desembarcaram na Praia dos Ladrões, cerca do Mindelo, a 8 de Julho. As forças liberais – que foram chamadas os “7 500 Bravos do Mindelo!” – eram constituídas por 2300 franceses, 2130 ingleses, 900 belgas, 500 polacos, 400 irlandeses e 370 escoceses; portugueses eram apenas 900; quanto à esquadra, comandavam-na e tripulavam-na ingleses”. Lê-se nas Memórias do Conde de Lavradio, D. Francisco de Almeida Portugal (Imprensa da Universidade de Coimbra, 1933, vol II) coevo dos acontecimentos, que quase todos os mercenários estrangeiros “saíram das classes menos estimáveis da sociedade, isto é, dentre os homens que, por sua imoralidade e vícios, estão dispostos a cometer toda a espécie de crimes”.
Afinal, os libertadores não eram portugueses, mas mercenários, e não eram românticos, mas cadastrados. Seria como se hoje desembarcasse nas costas portuguesas um exército do ISIS pago pela city londrina e invocando aqui vir para libertar os portugueses da tirania.