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Novo artigo de opiniom de Artur Alonso Novelhe sobre os tránsitos e ciclos civilizatórios e a situação geopolítica atual.
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Querida Kate
Caríssimo Chris
Satisfazendo o vosso pedido, segue, em anexo, a receita do Bolo de Chocolate que consta no livro Sobremesas de truz da avó açoriana, da autoria da minha vizinha Arlete Melo, doceira de primeiríssima água e que faz este famosíssimo bolo de chocolate para o Peter Café Sport.
Bom proveito e um abraço de mar
Victor Rui Doresreceita_bolo_de_chocolate
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a criação do medo ´é a pior das doenças é o pior de quem as cria e de quem aceita .. abaixo o Medo ..
“O MEDO
O meu risco de ter uma doença grave nos próximos dez anos é muito maior do que morrer da Covid.
Quando percebi que estava a ficar completamente dependente do boletim diário da DGS, com os novos casos, com as mortes, com as taxas de letalidade, gerais e da minha faixa etária, finalmente decidi pensar porque é que o medo me tinha entrado, em força. Estaria eu capaz de ser sujeito a qualquer privação da minha liberdade, em nome do meu risco de ser infetado?
Durante a fase de confinamento assisti a coisas que me incomodaram, mas que relativizei. Um dia fui passear o cão, perto do Guincho, quando fui abordado pela PSP. “Onde mora?” Respondi que morava perto. “Não pode andar aqui, está a mais de 400 metros de casa, se o voltarmos a encontrar, incorre no crime de desobediência.” Disciplinadamente, regressei a casa e fui procurar onde estavam inscritos os metros de distância, em que podia dar uma volta com o cão. Não encontrei.
Confesso que achei bizarro, mas não voltei a pensar nisto. Continuei a passear, de madrugada, sem nunca ser incomodado. Recentemente, foi notícia a história de uma mulher que apresentava alguns sintomas de covid. Foi ao serviço de urgência e quando lhe iam fazer o teste, fugiu, em pânico. Não foi na Área Metropolitana de Lisboa, foi na Figueira da Foz, zona do país sem nenhum estado especial… Foi “capturada” no dia seguinte pela polícia e conduzida ao hospital para ser testada.
Tanto quanto tenho conhecimento, a única situação, devida a suspeita de doença, em que um cidadão pode ser detido e levado ao hospital é a doença mental. Muitas limitações que nos são impostas, apesar das observações de alguns juristas sobre a legalidade das mesmas, não foram postas em causa pela grande maioria dos cidadãos. Mais, foram acatadas sem grandes problemas. O medo fez bem o seu trabalho.
Com o desconfinamento e maior informação sobre a letalidade do vírus o medo abrandou. Com taxas médias de letalidade de 3,5% para todas as faixas etárias, os mais jovens e os de “meia idade” aperceberam-se que o seu risco era baixo e foram para a rua, como tinham sido instruídos… Mas a partir dos 70 anos a taxa de letalidade sobe para 16%. Felizmente ainda ninguém me pôs num lar — por enquanto — a prevenção depende, quase inteiramente, de mim. Porquê então este medo? Porque fomos bombardeados, durante meses seguidos, com mortes e mais mortes. Com notícias terríveis de semanas de internamento em UCI, que acabavam mal. Mas, sobretudo, com a incerteza. Com opiniões de técnicos e de organizações responsáveis que se contradizem. De agentes políticos que, salvo raras exceções, não têm a coragem de dizer, sabemos ainda muito pouco, mas estamos a fazer o melhor que podemos e sabemos.
Tudo isto fez com que a perceção do risco seja muito maior do que o risco real e olhemos — é o que eu faço e não devia fazer — apenas para o número de novos casos. Politicamente são ótimos para a chicana política. Falar de mortos e de casos internados só rende, quando aumentam. E estão a diminuir…
Sendo médico sei os riscos que corro, não pelo vírus, mas pela idade e pelo azar, que, à medida que o tempo passa, se pode tornar mais azarento. E não vivia com medo. O meu risco de ter uma doença grave nos próximos dez anos é muito maior do que morrer da covid.
Mas nada disto, racional e objetivo, me consegue tirar o medo.
Já marquei consulta para o psiquiatra.”
JOSÉ GAMERO
Psiquiatra
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A “Semana do Ananás”, uma atividade que decorre no âmbito […]
Source: Semana do Ananás pretende sensibilizar para a educação ambiental – Rádio Atlântida
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ASAS PARA QUE VOS QUERO
Há 50 anos havia três distritos, nos Açores. O de Angra do Heroísmo, o da Horta e o de Ponta Delgada.
Todos sabemos que, em termos económicos, se havia algum tipo de superavit era no de Ponta Delgada, que o de Angra andava “assim assim” e que o da Horta era o mais fraquinho. Mas eram três estruturas de comando e coordenação e passaram a ser três portas de entrada e saída no arquipélago, quando a TAP passou a voar para as Lajes e Horta, a somar aos muitos e desvairados que passavam por Santa Maria.
Talvez valha a pena recordar, entretanto, que esses aviões, que por aqui passavam, excepto no caso da Horta, eram aviões “que passavam”, vindos de outras partes do mundo ou a caminho delas, tornando a escala muito mais barata, porque era uma escala e não um destino.
Até há pouco tempo, e escrevo isto porque não vai ser fácil saber em que é que as coisas se vão tornar, depois de passado o vendaval da pandemia, tínhamos aviões quase até ao quintal.
Da míngua de um avião por semana a vários voos diários, o panorama ficou muito diferente, é facto. A gente habituou-se a comunicar por ar como quem bebe um copo de água e acha natural.
Depois da confusão que a pandemia gerou, ninguém esperaria que as coisas voltassem ao mesmo. Por um lado, nada regressa, nunca, ao estádio em que estava, por outro lado, a vida e as coisas estão e ficaram definitivamente diferentes.
Só que as ilhas continuam no mesmo sítio, temos eleições no Outono – Inverno, as manifestações culturais, desde as touradas aos concertos musicais e a outras actividades de rua e de salão estão suspensas, quanto ao desporto é o que se vê, e uma das maiores alavancas da nossa economia, na era depois da vaca, está pelas ruas da amargura: o Turismo.
Para os que acham que os Açores podem viver sem turistas e sem turismo deixo apenas este comentário: olhem à volta e vejam quantos restaurantes de qualidade, quantas exposições e actividades culturais, quantos produtos de qualidade e mais diversificados existem, entre nós, porque o mercado global aterrou, aqui, sob a forma dos múltiplos visitantes que nos chegam?
Mas, afinal, o título – coitado – ficou lá em cima, sem culpa e sem comentário que justifique?
Pois bem, ele está ali porque me dizem que, volta e meia, recebem mais uma desistência de estadia “porque o voo da transportadora havia sido cancelado”. Têm sido vários e, para todos os que têm algo a ver com essa área de negócio, isso não é nada bom!
A questão das asas é básica. Concentrar, como agora parece estar na linha das previsões de alguns, só fecha sobre si próprio um arquipélago que sempre viveu e sobreviveu porque essa concentração não existia.
Um visitante que tenha de ficar, em trânsito, à espera de voar para o seu real destino, duas, três, cinco horas, visita menos, gasta menos, conhece menos nesse destino, permanece menos onde devia, consome horas das suas férias para nada, e isso é péssimo! Para a economia, para as pessoas, para o sonho de autonomia que tínhamos.
Este tempo de autonomia regional tem de ser melhor que o tempo dos três distritos de costas voltadas!
(Publicado em letra de forma no Diario Insular e no Açoriano Oriental. Obrigado a eles por aceitarem os meus escritos há tanto tempo)
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Inaugurada escultura de Pedro Figueiredo que evoca último concerto do cantor no coliseu.