Mês: Maio 2020

  • as ameaças do ministro da educação

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    O ministro da Educação ameaça. Esteve calado durante muito tempo, no tempo em que faz falta um ministro. Agora vai pôr a inspeção em campo e já diz que vai aumentar o número de inspetores. No ano passado com uma crise em que o próprio primeiro-ministro ameaçou que iria cair o governo, por causa do tempo real subtraído aos professores, em que se recusou a voltar a uma quase normalidade, quem falou por ele foi uma espécie de Cardeal Richelieu, ministro dos Negócios Estrangeiros, como se os professores não fizessem parte do país. Os novos metecos!
    Não quis decidir sobre outra forma de acesso ao ensino superior, um problema que deveria ser resolvido e que se mantém iníquo. Em vez disso andou na indecisão contínua sobre o calendário e resolveu por fim acabar com as aulas por videoconferência e plataformas, depois de tanto investimento de professores e famílias, para iniciar as aulas presenciais para os alunos que têm exames, sem sequer fazer testes a professores e alunos.
    Prometeu o governo um investimento sério em relação às tecnologias. Já se deveria saber alguma coisa porque o próximo ano letivo tem que ser preparado a partir de agora. Perante este problema premente o ministro diz que tudo o que se disser é adivinhação! Não tem graça, humor é outra coisa mais inteligente.
    É mais fácil saber a posteriori ou anteriori (porque quem propôs e/ou aprovou o orçamento de estado sabia, e mal fica quem se desculpa que não leu), que vão ser injetados mais 850 milhões num banco de contínua especulação, do que saber quantos poucos milhões poderão ser investidos nas escolas, alunos e professores, estes uns incógnitos, com quem se conta com as suas casas, a sua Internet a sua eletricidade e trabalho a qualquer hora.
    Mas mesmo sem dotes de adivinhação o ministro já disse que iria continuar com o teletrabalho. Como e quando é que não se sabe, mas já se conta com voluntários à força.
    Ora isto vi e ouvi eu em notícias da televisão. Como de costume, os suspeitos do costume também não apareceram a dar a voz: veio o ministro e falou, veio um tal Filinto que só representa a administração do seu agrupamento e falou. E mais não foi preciso.
    Também gostaria de saber porque é que o primeiro-ministro, que é o primeiro responsável pela governação, continuou de um governo para outro com este ministro. Nada disto é inocente mas poderia ser tudo muito mais claro. E o tempo está a passar muito rapidamente.

  • que bom, escusam de invejar trump e bolsocoiso vamos ter este

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    E os movimentos criacionistas, terraplanistas, anti-vacinas e anti-transfusões e demais movimentos afins não colaboram?

    Os poderosos lóbis evangélicos, as ligações ao setor imobiliário, as influências neofascistas, as milícias digitais e o percurso controverso de dirigentes da nova direita radical populista. Para ler esta semana na VISÃO

    Os poderosos lóbis evangélicos, as ligações ao setor imobiliário, as influências neofascistas, as milícias digitais e o percurso controverso de dirigentes da nova direita radical populista. Para ler esta semana na VISÃO
  • a parolice da pequenez portuguesa

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    Quero uma viseira ingual a esta!!

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    Frederico Saragoça

    Hoje vi o lider do CDS na televisao e queria partilhar algumas reflexoes convosco.

    A primeira é a de que o titulo de Dr. numa viseira anti Covid é muito util p

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  • resolvam o regresso dos estudantes

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    Na reação às críticas, Tiago Lopes, diretor regional de saúde, admite que, nesta fase de transição, alguns passageiros possam ter viajado para as ilhas de residência, mas garante que, a partir de agora, essas deslocações não serão autorizadas, antes de terminar a quarentena://www.rtp.pt/acores/covid-19/estudantes-desesperam-com-o-regressso-a-casa-video_66277
    Vários estudantes universitários deslocados estão a receber respostas …

    RTP.PT
    Vários estudantes universitários deslocados estão a receber respostas …
    Vários estudantes universitários deslocados estão a receber respostas …
  • açores desconfinamento, oportunidades perdidas, Carlos Faria

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    Meu artigo de ontem no diário Incentivo.

    DESCONFINAMENTO COM OPORTUNIDADES PERDIDAS, LAPSOS E INCÓGNITAS
    Em março escrevi aqui no Incentivo que “Em todas as crises há oportunidades a aproveitar e dificuldades a vencer e esta não será diferente” O desafio que deixei era para quem tivesse poder de influência e de decisão aprendesse com os ensinamentos que se obtivessem desta situação anormal da pandemia e extraísse o máximo em prol do bem da sociedade e minimizasse os males desta crise.
    Se o inferno esta cheio de boas intenções, a vida está cheia de oportunidades perdidas: umas porque não houve inteligência para vislumbrar as possibilidades que surgiram, outras, talvez na maioria dos casos, porque aproveitá-las implicaria mudar e muitos preferem voltar ao conforto passado e temem dar um salto em frente, mesmo que isto corrija erros tolerados e elimine preconceitos.
    O fim da situação de emergência, do confinamento e regresso à normalidade nos Açores está a ser moldado pelo objetivo de voltar ao passado sem aproveitar ensinamentos obtidos, é como se tudo pudesse regressar ao mesmo. Assim, desprezam-se situações testadas que melhorariam problemas anteriores: a ideia de que tudo vai ficar bem, não quer dizer ficar tudo na mesma.
    O Governo dos Açores testou intensamente o teletrabalho, viu que funciona bem em muitas situações e sei de casos com melhorias de produtividade e bem-estar de trabalhadores, mas depois de fixar por escrito nas medidas de retorno à normalidade “Abertura dos serviços da Administração Regional, mantendo o regime de teletrabalho em todos os casos em que isso seja possível” temeu os preconceitos antigos e limitou-o apenas aos grupos de risco e excluiu todos os casos em que tal fosse possível, impôs trabalho presencial a todos os funcionários sem negociar, por vezes em piores condições só para repor o passado! Quem denuncia isto arrisca-se a ser acusado de prejudicar a luta ao covid e o unanimismo criado nestes tempos permite desperdiçar esta oportunidade de mudar. Trabalhar em gabinetes lotados, com máscara, óculos, rinite, etc. só para repor o passado não é ficar tudo bem e melhorar o ambiente pela redução de trânsito volta a ser desaprendido.
    Nas suas medidas o Governo dos Açores não teve em atenção a realidade de que Faial e Pico tem povos siameses, preservou aqui uma cerca injustificável, pior que a das concelhias em S Miguel em período de contaminação local, isto porque a unidade com que trabalhou foi “ilha”. Há medidas para idosos que andam na rua, vivem isolados ou estão institucionalizados, mas não para os de idade mais avançada que já pouco ou nada saem para obrigações sociais, mas não-institucionalizados e integrados em famílias que trabalham. Estes, por vezes doentes e suas famílias ficaram em situação pior que antes da pandemia, pois foi agravada por riscos de contágio inerentes à necessidade de circulação dos que compartilham a habitação, mas sem as alternativas de acompanhamento como quem tem crianças. Um lapso, uma incapacidade ou só desinteresse?
    Não conheço o sistema de funcionamento do ensino para comentar o retorno, o modelo de regresso à normalidade tem virtudes, é necessário, mas também tem oportunidades perdidas, omissões e tem riscos associados a grandes incógnitas: como sobreviverá o Turismo, o comércio e certas indústrias? qual a dimensão do desemprego? Como será a solidariedade institucional da Europa e Lisboa?
    O Governo pode melhorar o seu plano, não penso que se vence uma ameaça de saúde pública como uma crise financeira, escrevo medidas possíveis ou em falta, mas respeito as impostas. Não abro uma guerra política escudada numa Constituição pensada por juristas e políticos que a moldaram em tempo de revolução ideológica pouco atenta às leis da Natureza e feita por gente mais próxima de ciências sociais do que naturais. Outra lição desta crise é: a Constituição é que se deve adaptar às leis da Natureza e não esta às leis do Homem. Talvez outra oportunidade que se vai desperdiçar…

  • sociedade civil açoriana propõe manifesto

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    Mário Abrantes

    Defender-se atacando

    Tem sido manifesta a incapacidade dos paladinos mundiais do neoliberalismo, em particular dos Estados Unidos da América do Norte e da União Europeia, para responderem adequadamente aos graves prejuízos sanitários e económicos originados pela proliferação descontrolada da Covid 19. É hoje igualmente notório que a resposta acertada a esta crise, como a resposta a outras ameaças à humanidade, dependem e dependerão seguramente do reforço do papel do Estado, em particular do “Estado Social”, dos poderes públicos e da direção política estratégica da economia, na condução dos destinos dos povos, países e nações.

    Ligados à Câmara de Comércio e Indústria dos Açores, também existem por cá os fãs incondicionais do neoliberalismo que, apoquentados certamente com o ascendente atual dos poderes públicos no combate à crise originada pelo vírus, decidiram em conjunto com uma das centrais sindicais, a UGT, e a Federação Agrícola dos Açores, talvez por algum equívoco circunstancial de representatividade destas, unir-se e passar ao ataque, apresentando na passada semana ao Conselho Económico e Social o seu “Manifesto” para 2020.

    E não fazem as coisas por menos: Através de um reforço do orçamento público, pelo recurso ao crédito, defendem no Manifesto a “mobilização maciça de liquidez para as empresas” e o prolongamento do lay off com apoios a fundo perdido, mesmo sem a garantia de manutenção de 100% do emprego. Em simultâneo defendem a “contenção das contratações na administração pública” e a necessidade de “uma administração pública menos populosa” (reparem no requinte da terminologia). Defendem ainda o aumento dos programas de estágios profissionais (emprego barato e subsidiado) em detrimento dos ativos nos programas ocupacionais. E defendem também, pasme-se, “o fim das obrigações de serviço público nas ligações aéreas com os Açores”. Tudo isto o que representa senão uma monumental e desequilibrada transferência direta e indireta de dinheiros públicos para as empresas e os empresários, em detrimento do necessário reforço dos serviços e investimento públicos e do papel da Região na condução dos seus destinos estratégicos em tempo de crise pandémica, atirando ainda para os ombros dos cidadãos, no próximo futuro, com todo o peso dos encargos de um preconizado sobre-endividamento.

    Simulando entretanto uma concessão a quem trabalha propõe-se o que afinal já decorre, isto é, “a integração dos trabalhadores precários nos quadros das entidades empregadoras…públicas”. Não nas privadas, claro, porque isso prejudicaria certamente a difícil retoma da almejada “monocultura do turismo”.

    E como se propõem os nossos neoliberais alcançar estes objetivos quando os ventos sopram tão desfavoráveis aos seus desígnios? Através da “Libertação da sociedade civil das peias do governo, dando mais responsabilidade à sociedade civil organizada na determinação das políticas públicas”. Ora aí está: Um golpe palaciano visando a substituição do governo pela “sociedade civil organizada”, como se o governo não constituísse uma das componentes orgânicas democráticas da sociedade civil, e como se a “sociedade civil organizada”, presumivelmente a Câmara do Comércio mais os seus satélites tivessem concorrido e ganho as últimas eleições nos Açores…

    Tudo isto são velhas e escaldadas receitas cujos resultados desastrosos ainda estão bem presentes na memória coletiva. O certo é que a crise manter-se-á para além da pandemia se não houver investimento público e se alguns dos seus fatores como os baixos salários e os fracos rendimentos dos produtores e dos trabalhadores independentes não forem devidamente apoiados, repostos e valorizados, pois só se vende o que eles podem comprar. E não são os milhões auferidos por administradores, banqueiros ou gestores, em parte encaminhados para paraísos fiscais, investidos na especulação financeira ou usados para fazer compras no estrangeiro que resolvem o problema, antes pelo contrário…