Mês: Março 2020

  • Solução inversa para salvar a economia do covid-19! Pensar fora da caixa!

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    Solução inversa para salvar a economia do covid-19! Pensar fora da caixa!

    CÉLIO TEVES

    I-O problema:
    Se num momento, tudo é forçado a parar, como fazemos para manter o “status quo” da economia antes dela parar? Como garantir um reinício para a normalidade com o mínimo de perdas?
    O que é preciso garantir: Salários às pessoas durante a paragem, liquidez nas empresas para assegurar os seus compromissos e não falirem, e a capacidade de arranque das empresas e da economia em geral, bem como a manutenção dos empregos existentes antes da paragem para contenção do covid-19.
    II-As medidas/soluções que o(s) governo(s) apresentam:
    -Moratórias nos pagamentos de algumas despesas como àgua, energia, rendas e prestações bancárias e alguns impostos, as situações divergem de empresa para empresa e instituição, não se aplicando à generalidade dos portugueses.
    -Lay-offs parciais aos salários e trabalho, com aplicabilidade tardia pós pico previsível da epidemia, em que os trabalhadores recebem 2/3 do salário, o Estado paga 70% e as empresas 30%. Na região este apoio é ligeiramente majorado. A aplicabilidade tardia é um grave problema.
    -Linhas de crédito e endividamento bancário de 3,2 mil milhões de euros, com garantias do Estado, para apenas alguns sectores de atividade mais afetados diretamente, nomeadamente turismo, restauração e outro comércio exceto o alimentar. Também aqui, o Governo Regional, majorou alguns apoios.
    Estas medidas têm sentido lógico, contudo a aplicabilidade e os resultados que previsivelmente vão gerar deixam muito a desejar.
    III-O problema das medidas:
    -Endividar a maioria das empresas elegíveis aos apoios, em que o montante do endividamento apoiado não é proporcional aos empregos assegurados nem à capacidade intrínseca das empresas arrancarem e assegurarem os seus postos de trabalho após a contenção;
    -Forte entesouramento nas empresas apoiadas com as linhas, não aplicando esses fundos na economia e acumulação de capital para o futuro, não para utilização no imediato quando é mais necessário e não estendendo os seus benefícios através da realização de compras nos restantes sectores deles dependentes.
    -Desperdício enorme de fundos, a pagar por todos, pelo mau uso e difícil controlo dos mesmos, levando a abusos e assim a menor eficácia das medidas, traduzindo-se numa mais lenta recuperação económica.
    -Forte perda na parte da economia não elegível aos apoios, que serão fortemente afetadas pela redução da procura dos setores afetados diretamente e em paragem, como o turismo e restauração, afetando toda a cadeia económica deles dependentes, engrossando os despedimentos e contaminando toda a economia com falências e desemprego.
    Enfim, a pouca eficácia das medidas, pode deixar a crise transformar-se numa crise intrínseca das empresas e dos mercados.
    Nesta lógica de raciocínio, essa linha de governação e de medidas não é a melhor solução. Toda a economia poderá ser contaminada e o arranque será comprometido, para além do elevado risco do sobre-endividamento e deficits orçamentais nacionais.
    IV- A “Equação de Tudo”:
    Que soluções alternativas? Como resolver todos esses problemas? Como pensar “fora da caixa”?
    As famílias, tal como as empresas, têm estruturas de gastos fixos mensais que têm de cumprir, em paragem ou com a economia a funcionar: Alimentação, água; energia; comunicações; educação; prestações de créditos; rendas, etc, e nas empresas, salários, serviços externos (água, energia, rendas, seguros, etc) e prestações bancárias. Sem poupança suficiente, a maioria das famílias e empresas, não têm capacidade para pagar esses gastos e responsabilidades fixas durante o tempo de alguns meses. Se tivessem, não era preciso nada de extraordinário para superar a crise, mas não têm.
    Para além das medidas já tomadas, a melhor medida a seguir, é impor uma moratória, de todas essas despesas e prestações bancárias para todas as famílias portuguesas e para as empresas que encerraram ou estão a trabalhar abaixo dos mínimos.
    Parte do problema das famílias e das empresas beneficiadas fica resolvido, mas criamos um problema aos fornecedores desses bens e serviços.
    Repare que é muito fácil identificar esse prestadores, por exemplo, a energia-EDP, EDA,etc; àgua-empresas/Serviços Camarários; comunicações-Neo, Tvcabo, etc; seguros-Açoreana, Tranquilidade, etc; prestações bancárias- Santtander, Eurobic, Novo Banco, etc.
    Então, criar sim em paralelo, linhas de crédito especiais, com garantias do Estado para financiar essas empresas (EDP, EDA, etc, Empresas/Serviços Municipalizados, Neo; Tvcabo; Açoriana, Santtander, e senhorios, etc), nas suspensões dos seus recebimentos. Valores esses, que podem ser posteriormente imputados aos beneficiários (empresas e famílias), a juro zero e de forma gradual ao longo da vida desses mesmos créditos.
    Repare que, passa a ser muito mais controlável o uso do dinheiro, que é diretamente aplicado nas famílias e empresas paradas e, é muito fácil identificar a verdadeira perda nas empresas e instituições que suportaram a moratória imposta. Para além disso, dado o bom rating de risco dessas empresas, os juros desses financiamentos seriam muitíssimo mais baixos junto do BCE, com grandes poupanças para o Estado, para além de que é mais fiável dar o aval a essas grandes empresas do que há à multiplicidade do tecido empresarial português, como acontece com a linha dos 3 mil milhões e o risco que envolve para o Estado e contribuintes.
    Nesta operação, os gastos do Estado ficam pelos mínimos, e a solvabilidade do país está garantida pois a dívida é garantida por empresas e instituições que dependem e se ramificam por todas as famílias e empresas apoiadas no país.
    -Quanto aos apoios do lay-off, proceder uma alteração imediata do mesmo. A poupança direta nos juros e na solvabilidade do país com a medida da moratória, e a capacidade restaurada nos sectores menos afetados, alicerçando a manutenção dos postos de trabalho, talvez possa fazer o Estado poupar, o suficiente para subir a sua contribuição para os 45% do pagamento, deixando as empresas de ter de suportar os 30% do lay-off em inatividade, sendo garantido a aplicabilidade imediata para ser usado quando é necessário.
    Assim, as famílias veriam todas as suas despesas fixas e prestações suspensas e as em lay-off receberiam 45% do salário do Estado. Da mesma forma, a generalidade do tecido empresarial viria os seus gastos fixos e créditos suspensos, e não teriam de suportar os 30% de salário de pessoas que não estão a produzir.
    -Finalmente, todas as medidas de operacionalizar, agilizar, desburocratizar e incentivar investimentos com base no Portugal 2020, devem avançar imediatamente, evitando-se a tentação de planos “Marshall” com os resultados recentes que todos conhecemos. Todas as medidas de redução e diferimento de impostos são bem-vindas.
    Vejo muitas vantagens nessas medidas, especialmente pela transparência, eficácia e sobretudo, porque permitem tranquilizar a generalidade das pessoas e empresas e porque, tal como o vírus, não existe um medicamento específico, o que pode existir é um cocktail com uma “equação de tudo”.
    in Açoriano Oriental 28-03-2020

    — with Célio Teves.

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  • quando podemos receber novamente pessoas em casa?

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    quando podemos receber novamente pessoas em casa?..A minha mulher está à dois dias a bater à porta…..

  • Draghi quer banca a emprestar a custo zero. Porque é que em Portugal se vai cobrar 3%? – ECO

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    Ex-presidente do BCE pede aos bancos para emprestarem dinheiro a custo zero às empresas. Em Portugal, vão ser cobradas taxas de 3% nas linhas de crédito anunciadas pelo Governo. Porquê?

    Source: Draghi quer banca a emprestar a custo zero. Porque é que em Portugal se vai cobrar 3%? – ECO

  • ​Associação de Bioética: Em caso de rutura dos cuidados intensivos “todas as vidas têm a mesma dignidade e direitos” – Renascença

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    Presidente da Associação Portuguesa de Bioética pede um quadro ético bem definido para a priorização do socorro a doentes Covid-19 nos cuidados intensivos.

    Source: ​Associação de Bioética: Em caso de rutura dos cuidados intensivos “todas as vidas têm a mesma dignidade e direitos” – Renascença

     

     

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    https://blog.lusofonias.net/2020/03/25/cronica-327-os-velhos-nao-os-matem-25-mar2020/

  • O DESCONTROLO É ISTO: como a contaminação vai aumentar, Emigrantes. Entraram 57 mil pessoas por fronteira terrestre na última semana

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    Fronteira de Valença é a que registou número mais elevado e autoridades esperam que número venha a aumentar. Associação Nacional das Freguesias pede aos emigrantes ‘alguma contenção’. Fronteira de Valença é a que registou número mais elevado e autoridades esperam que número venha a aumentar. Associação Nacional das Freguesias pede aos emigrantes ‘alguma contenção’.&etilde;

    Source: Emigrantes. Entraram 57 mil pessoas por fronteira terrestre na última semana

  • um jogo de futebol contaminou 40 mil

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    O encontro entre o clube de Bérgamo (Atalanta BC) e o espanhol Valencia foi mesmo considerado uma bomba biológica. Só durante aquele jogo, realizado a 19 de fevereiro na cidade italiana de Milão, contagiaram-se perto de 40 mil pessoas.

    O novo coronavírus já estava no norte de Itália desde o início do ano. Depois, um jogo de futebol fez o resto

  • COVID-19, atualização – dados referentes às 24h00 de 27/3

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    COVID-19, actualização – dados referentes às 24h00 de 27/3

    AÇORES com mais 2 (DOIS) casos: 1 em São Miguel (indivíduo do sexo feminino, de 37 anos, com deslocação recente ao exterior da Região) e o outro na Terceira (do sexo feminino, 35 anos, sem relação com os casos detectados anteriormente nesta ilha). Ambas apresentam situação clínica estável e estão, de momento, no domicílio.

    Até à data, foram detectados na Região 27 casos positivos: 7 na ilha Terceira, 3 no Faial, 7 em São Jorge, 7 em São Miguel e 3 no Pico.

    Em Portugal, 5.170 casos confirmados, + 902 (21,1%) face ao dia anterior.

    São já 100 os mortos registados no país, + 24 face ao último relatório diário da DGS, com uma taxa de letalidade de 1,93%. Os casos recuperados são 43, sem alteração face a ontem.

    Ministra da Saúde revê o “pico” da epidemia de 14 de Abril para final de Maio, pelo achatar da curva, preparando os portugueses para muitos mais casos durante mais tempo.

    No país, curva (exponencial) diminuiu o padrão, apontando para um intervalo entre 15 e 17 mil infectados no final de Março. A taxa média de crescimento, desde o 1.º caso, a 2 e Março, passou de 35,9% para 35,3%.

    A nível global, a COVID-19 ultrapassou, ontem, a barreira dos 600 mil casos confirmados (duplicou em 6 dias), com os EUA a contabilizarem, por si só, mais de 100 mil casos e em forte aceleração. O vírus já se espalhou, a esta data, por 177 países, e com os relatórios nacionais que serão divulgados durante o dia, a provocar, 30.000 mortos, e a crescer a uma razão diária superior a 3 mil fatalidades.

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  • um heroi timorense XAVIER DO AMARAL

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    Xavier do Amaral
    Os meus heróis são normalmente pessoas que de uma maneira ou de outra tentam sobreviver às circunstâncias suas ou das que lhe são impostas. A última vez que falei com Xavier do Amaral foi antes das eleições para a Assembleia Constituinte. Morava lá para os lados de Lecidere bem perto da minha casa no Bairro dos Grilos. Estava vestido com um lençol completamente branco que me fez lembrar em certa medida a figura de Gandhi. Lembro-me que na altura Xanana Gusmão era projetado como sendo o Mandela. Houve uma determinada altura em que coexistiam em Timor, um Mandela e um Gandhi. Conjuntamente com Ramos-Horta fundou a ASDT que mais tarde acolheu a FRETILIN que fora fundada em Lisboa pelos estudantes universitários como Abílio de Araújo, Vicente Sahe, Carvarino, Hamis, Maria do Céu e outros. Xavier do Amaral nunca se ajustou muito bem com o carácter revolucionário da FRETILIN. Adivinhava-se que mais cedo mais tarde havia de ter lugar a ruptura. Era social-democrata e livre pensador. A disciplina revolucionária não se coadunava com o seu carácter. Proclamado Presidente da República na capital e, no mato, durante a guerra da guerrilha foi deposto, sendo acusado de alta traição. Aguardava por ele a mais severa de todas as penas: fuzilamento. Entretanto o acampamento onde estava detido foi capturado pelos militares indonésios tendo ir servir como tratador de cavalos de um general que desta forma quis humilhar o homem que havia proclamado a República Democrática de Timor-Leste. Após o referendo esteve em Lisboa coincidindo com a vinda gloriosa de Xanana Gusmão. Lembro-me da frieza com que ambos falaram no pavilhão de Timor na Expo. Um era o herói e ou outro o vilão. Mais tarde viria a ser recuperado como herói nacional. Está enterrado no cemitério dos heróis, em Timor-Leste. “Xavier do Amaral, o sobrevivente”. Este será talvez o título do próximo romance que escreverei. Claro se o tempo e as circunstâncias em que vivemos me permitirem.
    So help me, GOD!