Mês: Março 2020

  • PERCENTAGENS COVID19 CONFIRMADOS E MORTOS

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    SITUAÇÃO #COVID_19 30 de Março 2020:

    Portugal: Casos confirmados: 6408 Mortos : 140 percentagem de mortos relativamente aos casos confirmados : 2%

    Holanda : Casos Confirmados: 11814 Mortos: 865 percentagem de mortos relativamente aos casos confirmados : 7 %

    Espanha : Casos confirmado : 85195 Mortos :7340 percentagem de mortos relativamente aos casos confirmados : 8%

    Itália: Casos confirmados: 97689 Mortos: 10779 percentagem de mortos relativamente aos casos confirmados: 11%

  • AÇORES: previsão negra quase 90 mil infetados em 1 maio?(ISTO MUDA DIA A DIA…)

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    Tomaz Dentinho

    O pico da infecção nos Açores aponta neste momento para 1 de Maio, uma semana antes que no país. Com os dados que temos, o modelo logístico que calibramos e as hipóteses que usamos (11 dias de internamento, 15% acamados e 5% em cuidados intensivos), prevemos um pico de infecções de 89500 pessoas a 1 de Maio implicando que nesse dia haja 13800 pessoas acamadas e 4600 com necessidade de cuidados intensivos. Esperemos que para a semana haja melhores notícias com um pico mais baixo de infectados e mais para a frente. De qualquer forma julgo que é necessário preparar mais de 2500 voluntários (1% da população como em Inglaterra) para apoiar as pessoas que têm que ficar acamadas em casa. Os médicos e enfermeiros que existem são poucos para os doentes que vão mesmo ter que ir para o hospital.

  • cerca sanitária no Concelho da Povoação

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    https://covid19.azores.gov.pt/… a Resolução do Concelho do Governo que interditou a circulação e permanência de pessoas na via pública, o encerramento de serviços e estabelecimentos e criou uma cerca sanitária no Concelho da Povoação
    Assim, na sequência do despacho se Sua Exa. a Secretária Regional da Saúde de 29 de março de 2020, determina-se o seguinte:

    I – INTERDIÇÃO DA CIRCULAÇÃO E PERMANÊNCIA DE PESSOAS NA VIA PÚBLICA
    Está interdita a circulação e permanência de pessoas na via pública, exceto no caso de deslocações necessárias e urgentes, nomeadamente para:
    a) Venda e aquisição de bens alimentares, de higiene ou farmacêuticos;
    b) Acesso a unidades de cuidados de saúde;
    c) Acesso ao local de trabalho, situado no município;
    d) Assistência e cuidado a idosos, menores, dependentes e pessoas especialmente vulneráveis.

    II – ENCERRAMENTO DE SERVIÇOS E ESTABLECIMENTOS
    É imposto o encerramento de serviços e estabelecimentos com exceção de:
    a) Centro de saúde, unidades militares, forças e serviços de segurança, serviços de socorro, comunicações, abastecimento de água e energia e recolha e tratamento de resíduos;
    b) Estabelecimentos comerciais e de serviços de venda a retalho de bens alimentares e de saúde e higiene, designadamente mercearias, padarias, minimercados, supermercados e hipermercados, bem como farmácias, bancos e postos de abastecimento de combustíveis, venda de jornais, revistas e tabaco, e de estabelecimentos de serviços de manutenção e reparação de veículos motorizados, e equipamentos informáticos e atividades funerárias e conexas;
    c) Estabelecimentos industriais relativos a setores essenciais ao funcionamento da vida coletiva, como os destinados à alimentação e à saúde humanas e animais e respetivas embalagens;
    d) Outros estabelecimentos, em casos de força maior, em condições acordadas pelas autoridades de saúde pública, devidamente autorizados pela Autoridade de Saúde Regional.

    III – CERCA SANITÁRIA MUNICIPAL
    Fixada a cerca sanitária municipal, estão interditadas as deslocações por via rodoviária de e para o município da Povoação, exceto:
    a) De profissionais de saúde e de medicina veterinária, elementos das forças armadas e das forças e serviços de segurança, serviços de socorro e empresas de segurança privada;
    b) De regresso ao local de residência habitual;
    c) Para abastecimento do comércio e produção alimentar, farmacêutico, de combustíveis e de outros bens essenciais, bem como o transporte de mercadorias necessárias ao funcionamento das empresas em laboração, supra excecionadas;
    d) Para abastecimento de terminais de caixa automático;
    e) Para reparação e manutenção de infraestruturas de comunicações, de esgotos, de águas, de transporte de eletricidade, de transporte de gás e de outras cujas características e caráter urgente não possam ser adiadas;
    f) Para o exercício de atividades agropecuárias;
    g) Justificadas por razões de urgência, devidamente fundamentada, ou casos de força maior ou de saúde pública, autorizadas pela Autoridade de Saúde Regional.

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  • o péssimo exemplo holandês

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    Se ser latino/do Sul/mediterrânico é sinónimo de fazer tudo o que for possível, mesmo com o país num caos e na iminência de uma falência, para salvar até ao último dos mais velhos, ainda bem que nasci cá mais abaixo.
    Um dado curioso: a Holanda, país cujo sistema não entrou formalmente em colapso e que não está em quarentena, regista 50 mortes por milhão de habitantes. Só é superado por… Espanha, Itália e pelos microscópicos São Marino e Andorra. É a “imunidade de grupo”, dizem eles…

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    • Nun Cal A reacção holandesa do ponto de vista sanitário é completamente errada, e vão pagá-lo caro.
      Agora, o que a mim me choca, para além das observações sempre escabrosas de ministros holandeses, é de repente ver que países, governos e pessoas que se aproveitam da crise sanitária para tentar impôr uma política que nunca será aceite (e, a bem da Europa, assim espero) se armarem em virgens ofendidas. Como se as coronabonds daqui a 6 meses fossem de alguma forma salvar vidas hoje. Eu desconfio sempre de moralistas, e nisso, raramente se falha. Quem quer usar a tragédia de hoje para estratégias políticas não são os holandeses.
    • Filipe Vasconcelos Romão Mais do que tudo, choca-me o que referes: as observações escabrosas e a abordagem sanitária. As formas contam e podemos opor-nos aos “eurobonds” sem esburacar ainda mais a ferida.
    • Nun Cal Nisso completamente de acordo, Filipe. Mas se a cada crise os países do sul parassem de tentar empurrar a dívida deles para os impostos alheios, a coisa corria menos mal. Como a Merkel referiu no EUCO, sequer levantar essas hipóteses irrealistas apenas enterra um pouco mais o projecto europeu.
      • Filipe Vasconcelos Romão Há momentos em que as escolhas não respondem uma métrica estrita. Não sendo eu economista, diria que o projecto europeu deveria ter algo mais do que contas certas ao cêntimo. Aliás, os holandeses e os alemães sabem-nos bem porque estão no barco desde os anos 50.
      • Nun Cal Não é ao cêntimo. É a escolha entre a Europa toda falir ou só os mesmos do costume. Portugal em 45 anos foi intervencionado umas 4 vezes. Nós não conseguimos fazer de outra maneira. Nunca tivemos um superavit orçamental neste regime. E praticamente todSee more
      • Filipe Vasconcelos Romão As coisas não são 8 ou 80: Portugal disciplinou-se depois de 2011. Sabes bem que fizemos um esforço enorme, mas não consegues combater os atrasos estruturais em termos de educação ou de formação da noite para o dia. Se há coisa que já não se constrói pSee more
      • Nun Cal Apoiar para uma situação concreta seria nós mutualizarmos a compra ou produção de material médico agora. Mas a mutualização da dívida (ainda que parte dela) sem sequer haver controlo sobre como esse dinheiro seria gasto, sabendo-se como certos países See more
      • Filipe Vasconcelos Romão Por uma questão de solidariedade e porque está numa união económica e monetária. Porque carga de água pode uma empresa do PSI20 pagar impostos na Holanda? São os custos e os benefícios da integração. Além do mais, a Estónia seria beneficiada, porque também teria esses países mais ricos a responsabilizar-se por parte da sua dívida. No fundo, isso já acontece com a compra de títulos em mercado secundário pelo BCE.
      • Nun Cal “Porque carga de água pode uma empresa do PSI20 pagar impostos na Holanda?”
        Nada como adoptar diferentes políticas fiscais. Não tem de ser com uma race to the bottom. Pode ser com outras abordagens. Não percebo o suficiente de fiscalidade para saber a See more
      • Filipe Vasconcelos Romão Atenção: quando eu disse “porque carga de água” foi em sentido retórico. Eu acho bem que possa pagar, porque estamos numa UEM. Há benefícios e há custos. E sabes bem que a Estónia não ia importar coisa nenhuma, porque a solução acautelaria esse tipo deSee more
      • Nun Cal Não sei se acautelaria. A tragédia dos comuns, etc.. – daqui a 10/15 anos teremos outra crise (as crises são normais, e isso está mesmo inscrito no SGP). Ora, se todos fizerem como nós fazemos, confiando na mutualização, não haverá quem segure o barco.See more
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  • CUSTA A MANTER ESTA SENILIDADE crónica 329 30março2020

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    Vítimas de coronavírus na Itália enfrentam a morte sem direito a ...CRÓNICA 329 CUSTA A MANTER ESTA SENILIDADE 30.3.2020

    Palavra de gente de bem que me custa a manter esta senilidade, confinado a meia dúzia de paredes que tão bem conheço e poderia descrever de olhos fechados. Já passaram os 14 dias e outros se seguiram sem respirar o ar pouco poluído desta freguesia rural micaelense onde habito.

    Nas redes sociais (mais ensurdecedoras que nunca) pululam os salvadores da pátria (“Chega”) com suas tiradas xenófobas radiantes da certeza de que em breve dominarão o mundo (eu não estaria tão certo!), com eles outros clamam a atenção para as suas opiniões sendo todos, subitamente peritos em economia, doenças infeciosas, confinamento, turismo, emigração, saúde, eu sei lá…tanto perito a brotar quem cogumelo como os xenófobos do Chega. E eu que nada sei e apenas me rejo pelo pouco senso comum que me resta fico dividido entre a minha paixão pelas liberdades pessoais invioláveis e a necessidade de quarentena. Todos têm soluções para a pandemia, desde deixar os velhos e frágeis morrer como nos ensina a Holanda, ao oposto de salvar os velhos e frágeis, desde os que pretendem salvar a economia (não deve servir de muito para os mortos) aos que pretendem salvar os vivos e mandar a economia às urtigas…há de tudo por esse mundo fora.

    E eu aqui isolado neste senilidade que me consome por pertencer aos grupos de maior risco, rodeado pela mulher que ainda é mais grupo de risco que eu, por um jovem filho que deixou de trabalhar e de sonhar com a sua sempre adiada ida ao Japão, pela incerteza sobre o futuro dos meus colóquios da lusofonia que iam na 33ª edição e ora se encontram em animação suspensa por incógnitas a que nem eu sei responder…

    Sinto que o mundo se tornou numa enorme praça forte sitiada por todos os lados por esse inimigo invisível e as armas e os canhões de que dispomos para nada servem contra esse inimigo invisível que nos mina e sem darmos conta estamos mortos, sem saber. A medicina que foi sempre uma ciência, pouco mais exata do que a previsão de terramotos, anda totalmente à deriva sobre como combater esse inimigo invisível camuflado em mais do que uma maneira, que nem um camaleão, sem antídotos nem vacinas nem sequer chegando a consenso sobre quais as medidas de combate e contenção a assumir.

    E de repente, o mundo ficou suspenso, a economia a aguardar a morte anunciada, a fortaleza a desfrutar dos viveres que armazenou, ainda nos cuidados paliativos pois não há unidades de cuidados intensivos que cheguem para tanta gente. Por todo o lado, pessoas com a sua agenda pessoal, política ou outras proclamam as medidas que deveriam ser tomadas e não são, e cada pessoa a tentar interpretar a lei da quarentena como bem entende, e ainda muitos não entendem a diferença entre o atual regime de confinamento e a prisão domiciliária, aiatolas que se tornaram do correto e universal. Um passeio higiénico a sós, mantendo distâncias ainda não é ilegitimo nem proibido, mas fazer férias na praia é proibido, saibamos ao menos distinguir.

    E eu que me mantenho na mesma senilidade sempre abrigado, neste meu castelo da Lomba da Maia, começo a fartar-me de tanto perito (não falo da TV onde os que ontem falavam de futebol hoje falam de saúde….e por aí adiante), e tento evitar ao máximo riscos de contágio e de contactos, com medo da imbecilidade de tantos que por aí andam como se nada se passasse. Sei que depois disto a vida nunca mais será como era dantes, mas nem um só dentre nós sabe se iremos aprender algo com esta lição, ou se alegremente iremos tornar a repetir os erros da civilização desenfreada em que vivíamos antes disto.

    Há demasiadas incógnitas, demasiadas variáveis, demasiadas premissas e a vida humana que andava pelas ruas da amargura no meio de tanta guerra e injustiça, pode voltar a aumentar de valor e – mais do que nunca – precisa de muita injeção, de muita vacina de solidariedade contra o egoísmo do capitalismo selvagem que tomou conta do mundo nas últimas décadas.

    Por favor mantenham-se vivos que é a única hipótese de eu me manter também vivo.

    Chrys Chrystello, Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713 [Australian Journalists’ Association] MEEA]

    Para o Diário dos Açores (desde 2018) Diário de Trás-os-Montes (desde 2005) e Tribuna das Ilhas (desde 2019)