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1º volume de fotos de todo o 32º colóquio
https://youtu.be/5If-S5lcRuM
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1º volume de fotos de todo o 32º colóquio
https://youtu.be/5If-S5lcRuM
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https://www.rtp.pt/acores/graciosa-online/encontros-video-_63020
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evento na “La Petite Portuguaise”,
“O escritor açoriano Álamo Oliveira estará na próxima semana em Bruxelas! No dia 17 de outubro dissertará sobre a sua obra poética e estará também disponível para conversar com todos os que visitarem a livraria “La Petite Portugaise”, Chaussée de Wavre 214B, Bruxelas. Álamo Oliveira publicou cerca de 40 livros com poesia, romance, contos, teatro e ensaios. O seu romance Até Hoje Memórias de Cão, em 3ª edição, recebeu, em 1985, o prémio Maré Viva, da Câmara Municipal do Seixal. Em 1999, recebeu o prémio Almeida Garrett/Teatro com a peça A Solidão da Casa do Regalo. As suas obras foram traduzidas em várias línguas. Em Abril de 2002, o Portuguese Studies Program, da Universidade da Califórnia em Berkeley, convidou–o, na qualidade de escritor do semestre, para lecionar a sua própria obra aos estudantes de Língua Portuguesa, sendo o primeiro português a receber tal distinção. Em 2010, foram-lhe conferidas as seguintes distinções: Insígnia Autonómica de Reconhecimento do Governo Regional dos Açores e Grau de Comendador da Ordem de Mérito da Presidência da República. A presença do escritor açoriano Álamo Oliveira a Bruxelas é uma iniciativa dos Colóquios da Lusofonia com o apoio da Embaixada de Portugal no Reino da Bélgica, do Gabinete dos Açores em Bruxelas e da Câmara do Comércio Belgo-Portuguesa.”
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POESIA NA CAPELA DE SANTO ANTÓNIO, PRAIA (S MATEUS) GRACIOSA
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caro Chrys
De regresso ao Faial, apresso-me a enviar, em anexo, a recensão que acabo de escrever sobre “Com Navalhas e Navios”, do Urbano Bettencourt, e que gostaria que divulgasses no site das Lusofonias. Pode ser?
Obrigado e um abraço de mar
Victor Rui Dores
Com Navalhas e Navios
ou a poética insulada de Urbano Bettencourt
Cavaleiro andante por amor à literatura, Urbano Bettencourt tem vindo a reabilitar a palavra poética e o sentido mágico do poema em furtivas edições de livros. Neste poeta encontramos o rigor e a busca incessante da palavra exata, única e essencial. A sua escrita, insulada e melancolizada, assenta numa arte poética do equilíbrio formal, da economia do verso bem urdido, da musicalidade aliterativa e da demanda de uma linguagem depurada. Depuração é, aliás, a palavra-chave para se perceber a poesia de Urbano, ele que leva praticamente 50 anos de escrita poética e de poesia publicada.
Possivelmente também por esta circunstância, acaba de ser editado o livro Com Navalhas e Navios (Companhia das Ilhas, 2019), que reúne a poesia (quase) toda deste autor que vive entre a ilha e a viagem. Podemos agora ler, em 160 páginas, o “best of” poético deste picaroto que tem feito um percurso sempre ascendente, pois que, dotado de um profundo saber literário, tem a policiá-lo um grande sentido crítico e de exigência. Isto explica o intenso trabalho que este artesão de palavras, sempre em busca de novas significações, coloca na elaboração dos seus textos.
Com avisado Prefácio de Carlos Bessa, Com Navalhas e Navios dá-nos a (re)descobrir uma poesia de ilhas, lugares, memórias, sombras, afetos e estados de alma. Uma poesia ligada às raízes ancestrais da expressão poética no horizonte da cultura europeia. Isto é, uma poesia da civilização do sul, da expressão erótica, da emoção e da razão. Poesia que é também de denúncia e renúncia (admiráveis os poemas relacionados com a Guerra Colonial) e que age, reage, sonha, pensa, sente e questiona as mitologias do quotidiano. Uma poesia que evoca acontecimentos, pessoas e que estabelece diálogos com outros autores, havendo ainda a considerar alguma ironia q.b. num e noutro poemas.
Assumindo a dupla condição de “marinheiro com residência fixa” e de viajante que argutamente observa o real, Urbano Bettencourt – também narrador de mérito e ensaísta de primeiríssima água – é a indiscutível qualidade da sua poesia.
Horta, 08/10/2019
Victor Rui Dores