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Ponte na Povoação… o último adeus…,😥
… mais de um século …. ali esteve a velha ponte… que agora irá ser demolida/ morta…
…o território assiste… em silêncio, na maioria… no palco da vida… como sendo a melhor solução…
… que dirá a história no futuro?…
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Há quatro anos que Joana Meneses leva um grupo de americanos à ilha Terceira, nos Açores, para um retiro de “sup joga”. “Faz parte cair”, diz a luso-canadiana.
Source: Nos Açores, pratica-se pilates e yoga em cima de pranchas no mar | Reportagem | PÚBLICO
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Apenas um manterá a sua função original, mas eles estão por toda a parte. Muitos entregues ao turismo, outros simplesmente de armas ao vento, como que à espera de recuperar o fulgor de outros tempos.
Source: Os moinhos da Graciosa são sentinelas vermelhas a guardar a paisagem | Reportagem | PÚBLICO
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Tem paisagens que são um espanto, vacas a pintalgar os prados verdes, mar azul a toda a volta, pois então!, mas a segunda ilha mais pequena dos Açores quer andar nas bocas do mundo. Literalmente. Das queijadas às meloas, passando pelo vinho e pelos
Source: A Graciosa que se come e que se bebe | Reportagem | PÚBLICO
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tive a honra de os ver em Melbourne nesse ano ou no seguinte num concerto que foi o fim do mundo, melhor que Sunbury 1975…
https://www.youtube.com/watch?v=a6ciOHjO_1w
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À memória de Garcia Lorca, um poema de Armando Côrtes-Rodrigues
Eu estava à beira-mar,
– Inda não te conhecia –
eu estava à beira-mar
cismando, naquele dia.
Cismava em terra de Espanha
– inda não te conhecia –
em prantos, gritos, em ais
da guerra que lá havia.
Bem quisera não pensar…
– Inda não te conhecia –
mudar rumo ao pensamento
bem quisera… e não podia.
Era uma tarde serena,
– Inda não te conhecia –
Falava comigo o mar;
Meu coração não ouvia.
Era uma tarde tão calma,
– Inda não te conhecia –
Que tudo quanto se olhava
Tinha um ar de poesia.
Em vão olhavam meus olhos…
– Inda não te conhecia –
Minh’alma não atentava
Na beleza do que via.
Falava uma voz chorosa,
– Inda não te conhecia –
voz que vinha lá do longe,
tal a de alguém, que morria.
Voz cansada, angustiada,
– Inda não te conhecia –
Suspensa na vaga sílaba
Dum verso, que não dizia.
E uma angústia me tomava…
– Inda não te conhecia –
Lentamente, tristemente,
Meu coração oprimia.
(Tudo era paz dentro em mim…
– Inda não te conhecia –
Corria-me a vida branda,
Brandamente me corria.)
Que dor então era esta,
– Inda não te conhecia –
Cruel e funda e profunda,
Que dentro de mim crescia?
Tinha os olhos rasos d’água
_Inda não te conhecia –
E, sem saber bem porquê,
Só da minha dor sabia.
Tão estranha e singular…
Inda não te conhecia –
Nunca senti dor igual
À da tarde desse dia.
Passaram anos, passaram…
– Inda não te conhecia –
A causa daquela dor
Nem eu sei quem ma daria!
Mandaram-me livros de longe,
– Inda não te conhecia –
Eram livros do Brasil
Que a amizade me escolhia.
Abri-os! Li-os, reli-os…
– Inda não te conhecia –
E só depois entendi
Que tudo, o que então sofria,
Nessa hora tão distante,
– Inda não te conhecia –
Fora a dor da tua morte,
Meu irmão na Poesia.
Armando Côrtes-Rodrigues