Mês: Agosto 2019

  • DONA VIOLANTE DO CANTO E A DEFESA DE PORTUGAL

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    Da nossa História…

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    Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

    #ANGRA_SABIA_QUE | Conheça a história de #AngraDoHeroismo

    Há 436 anos, Dona Violante do Canto embarcou, com honras principescas, na armada de Castela.

    Dona Violante do Canto, a neta do provedor das armadas açorianas, Pedro Anes do Canto, sobrinha de Francisco do Canto, um dos fundadores da cidade da Baía, foi aquela dama, figura varonil, de ânimo generoso e franco, coração ardendo na chama do amor sagrado da Pátria e da Independência, que pôs toda a sua enorme fortuna à disposição da causa do Prior do Crato. Vencida a ilha Terceira pelas tropas do Marquês de Santa Cruz, foi este visitar, solenemente, a dama terceirense e convida-la a seguir na armada vencedora, para Espanha. Era necessário afastá-la da sua terra onde era querida e respeitada.

    Saiu a fidalga com sete mulheres graves, como nota o historiador Cordeiro, duas donas e cinco aias, vinte e um criados, entre escudeiros, pagens e homens de esporas, além doutros fidalgos seus parentes. Ia vestida de baeta negra e suas damas e aias de roxo. Chagando a Cádiz foi cumprimentada com salva real e a bordo foram todos os grandes de Espanha em sinal de homenagem. Entrando no porto de Santa Maria, foi recebida com as mesmas honras, cantando-se um «Te-Deum»; visitada de generais, bispos e cardeais e todos os fidalgos espanhóis, fixaram seus aposentos na cidade de Jaen, no mosteiro de Santa Clara onde o bispo a entregou à abadessa e a receberam as religiosas com repiques e festas. O rei Filipe lhe escolheu, para marido, o fidalgo Simão de Sousa e Távora, com quem casou.

    Deste casamento não ficou descendência. D. Violante jaz sepultada em terras de Espanha.

    In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 257, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

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    Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

    3 hrs

    #ANGRA_SABIA_QUE | Conheça a história de #AngraDoHeroismo

    Há 436 anos, Dona Violante do Canto embarcou, com honras principescas, na armada de Castela.

    Dona Violante do Canto, a neta do provedor das armadas açorianas, Pedro Anes do Canto, sobrinha de Francisco do Canto, um dos fundadores da cidade da Baía, foi aquela dama, figura varonil, de ânimo generoso e franco, coração ardendo na chama do amor sagrado da Pátria e da Independência, que pôs toda a sua enorme fortuna à disposição da causa do Prior do Crato. Vencida a ilha Terceira pelas tropas do Marquês de Santa Cruz, foi este visitar, solenemente, a dama terceirense e convida-la a seguir na armada vencedora, para Espanha. Era necessário afastá-la da sua terra onde era querida e respeitada.

    Saiu a fidalga com sete mulheres graves, como nota o historiador Cordeiro, duas donas e cinco aias, vinte e um criados, entre escudeiros, pagens e homens de esporas, além doutros fidalgos seus parentes. Ia vestida de baeta negra e suas damas e aias de roxo. Chagando a Cádiz foi cumprimentada com salva real e a bordo foram todos os grandes de Espanha em sinal de homenagem. Entrando no porto de Santa Maria, foi recebida com as mesmas honras, cantando-se um «Te-Deum»; visitada de generais, bispos e cardeais e todos os fidalgos espanhóis, fixaram seus aposentos na cidade de Jaen, no mosteiro de Santa Clara onde o bispo a entregou à abadessa e a receberam as religiosas com repiques e festas. O rei Filipe lhe escolheu, para marido, o fidalgo Simão de Sousa e Távora, com quem casou.

    Deste casamento não ficou descendência. D. Violante jaz sepultada em terras de Espanha.

    In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 257, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

  • herança celta nos açores

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    Usos e costumes e imagens trazidas pelos povoadores.
    Estes povoadores vieram de todos os Continentes incluindo da Península Ibérica onde viveram o Povo Celta. Curiosidades: Na pedra é do Convento de Belém o deus Sol Celta hoje século XXI conhecida pelos historiadores por “Suástica” Temos um Óculo de escada na Rua Joaquim Nunes da Silva desta cidade casa antiga que merecia ser recuperada antigas instalações de Mercearia Nicolau Sousa Lima ou a casa desta família? e a outra peç

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    Mario Jorge Costa is with Flora Malave Gomez.

    História dos Açores: A simbologia que durante séculos, foi passada para a pedra, de cantaria na construção de casas, nos carros de bois, que (chamam de guincho) nas suas decorações de papel de cores, têm desenhos Celtas, e Gauleses, que de geração para geração, se vão fazendo porque o avô e o pai faziam. Têm através dos tempos se mantido. Nos frontões das casas mais antigas, vês-se muito a simbologia do sol em alto relevo, que chamam de suásticas. São de origem Celta, todos os desenhos fotografados também aparecem nos trabalhos de forja, tecelagem, nos bordados.. Tudo do tempo dos nossos avós.

  • o ensino antigamente

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    Sobre a formação de novos professores, na Horta
    “(…) Em suma: chegaram as coisas ao ponto que aparece uma reclamante, que se julga prejudicada por só ter obtido 19 valores! (…) Se for possível submeter todos aqueles classificados com distinção a um novo júri, não digo severo, mas minimamente justo, nem um terço obteria simples aprovação (…)”, GCH, agosto de 1918 😂
    https://itaunadecadas.org/escola-normal-nossos-livros/

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  • óbito Dulce Almada Duarte

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    Dulce Almada Duarte nasceu em 1933 na ilha de São Nicolau. Mais tarde, estudou línguas românicas na Universidade de Coimbra.
    Apoiou a ideia de anticolonialismo e apoiou a luta pela independência em Cabo Verde e Guiné-Bissau.

    A Direção Executiva e todos os colaboradores do Instituto Internacional da Língua Portuguesa apresentam os mais sinceros pêsames a toda a família e amigos.

    IILP.WORDPRESS.COM
    A linguista, Dulce Almada Duarte, morreu ontem, dia 19 de agosto, as vésperas de completar 86 anos. Dulce Almada Duarte nasceu em 1933 na ilha de São Nicolau. Mais tarde, estudou línguas românicas …
  • NÃO HÁ CULTURAS SUPERIORES, TODAS SÃO IGUAIS

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    CRÓNICA 278 NOS COLÓQUIOS DA LUSOFONIA NÃO HÁ CULTURAS SUPERIORES, TODAS SÃO IGUAIS

    A Lusofonia é uma capela sistina inacabada; é comer vatapá e goiabada, um pastel de bacalhau ou cachupa, regados com a timorense tuaka ao ritmo do samba ou marrabenta; voltar a Goa com Paulo Varela Gomes, andar descalço no Bilene com as Vozes anoitecidas de Mia Couto, rever os musseques da Luuanda com Luandino Vieira, curtir a morabeza cabo-verdiana ao som De boca a barlavento de Corsino Fontes, ouvir patuá no Teatro D. Pedro IV na obra de Henrique de Senna-Fernandes, e na poesia de Camilo Pessanha; saborear a bebinca timorense em plena Areia Branca ao som das palavras de Francisco Borja da Costa e Fernando Sylvan, atravessar a açoriana Atlântida com mil eum autores telúricos, reencontrar em Salvador da Bahia a ginga africana, os sabores do mufete de especiarias da Amazónia,

    aprender candomblé e venerar Iemanjá, visitar as igrejas e casas coloridas de Ouro Preto, Olinda, Mariana, Paraty, Diamantina,

    e sentir algo que não se explica em Malaca, nos burghers do Sri Lanka, em Korlai ou no bairro dos Tugus em Jacarta.

    É esta a nossa lusofonia (Chrys Chrystello abril 2019)

    HISTORIAL

    Aqui se traça em linhas gerais o já longo percurso da AICL. Um exemplo da sociedade civil num projeto de Lusofonia sem distinção de credos, nacionalidades ou identidades culturais. Em 2001, os Colóquios brotaram do intuito do nosso primeiro patrono JOSÉ AUGUSTO SEABRA de criar uma Cidadania da Língua, proposta radicalmente inovadora num país tradicionalista e avesso a mudanças. Queríamos que todos se irmanassem na Língua que nos une. Tínhamos gerido o seu projeto ALFE desde 1997 e quisemos torná-lo universal. Pretendíamos catapultar a Língua para a ribalta, numa frente comum, na realidade multilingue e multicultural das comunidades que a usam. A nossa noção de LUSOFONIA abarca os que falam, escrevem e trabalham a língua, independentemente da cor, credo, religião ou nacionalidade.

    Gostaria de parafrasear Martin Luther King, 28 agosto 1963, I had a dream…” para explicar como nascidos em 2001 já realizámos trinta e dois Colóquios da Lusofonia (dois ao ano desde 2006 quando passamos a incluir a divulgação da açorianidade literária) numa demonstração de como ainda é possível concretizar utopias num esforço coletivo.

    Cremos que podemos fazer a diferença, congregados em torno de uma ideia abstrata e utópica, a união pela mesma Língua. Partindo dela podemos criar pontes entre povos e culturas no seio da grande nação lusofalante, independentemente da nacionalidade, naturalidade ou ponto de residência.

    Os colóquios juntam os congressistas no primeiro dia de trabalhos, compartilhando hotéis, refeições, passeios e, no último dia despedem-se como se de amigos – as de longa data se tratasse, partilham ideias, projetos, criam sinergias, todos irmanados do ideal de “sociedade civil” capaz e atuante, para – juntos – atingirem o que as burocracias e hierarquias não podem ou não querem. É o que nos torna distintos de outros encontros científicos do género. É a informalidade e o contagioso espírito de grupo que nos irmana, que nos tem permitido avançar com ambiciosos projetos. Somos um vírus altamente contagioso fora do alcance das farmacêuticas.

    Desde a primeira edição abolimos os axiónimos, ou títulos apensos aos nomes, esse sistema nobiliárquico português de castas que distingue as pessoas sem ser por mérito. Tentamos que todos sejam iguais dentro da nossa associação e queremos que todas contribuam, na medida das suas possibilidades, para os nossos projetos e sonhos…

    A nossa filosofia tem permitido desenvolver projetos onde não se reclama a autoria, mas a partilha do conhecimento. Sabe-se como isso é anátema nos corredores bafientos e nalgumas instituições educacionais (universidades, politécnicos e liceus para usar a velha designação), e daí termos tido o 21º Colóquio na esplanada de uma praia…

    Em 2010 passamos a associação cultural e científica sem fins lucrativos e, em dezembro de 2015 passamos a ser uma entidade cultural de utilidade pública.

    Desconheço quando, como ou porquê se usou o termo lusofonia pela primeira vez, mas quando cheguei da Austrália (a Portugal) fui desafiado pelo meu saudoso mentor, José Augusto Seabra, a desenvolver o seu projeto de Lusofalantes na Europa e no Mundo e aí nasceram os Colóquios da Lusofonia. Desde então, temos definido a nossa versão de Lusofonia como foi expresso ao longo destes últimos anos, em cada Colóquio.

    Se aceitarmos todas as variantes de Português sem as discriminarmos ou menosprezarmos, o Português poderá ser com o Inglês uma língua universal colorida por milhentos matizes da Austrália aos Estados Unidos, dos Açores às Bermudas, à Índia e a Timor. O Inglês para ser língua universal continuou unido com todas as suas variantes.

    Esta visão é das mais abrangentes possíveis, e visa incluir todos numa Lusofonia que não tem de ser Lusofilia nem Lusografia e muito menos a Lusofolia que, por vezes, parece emanar da CPLP e outras entidades. Ao aceitarem esta nossa visão muitas pontes se têm construído onde hoje só existem abismos, má vontade e falsos cognatos. Felizmente, temos encontrado pessoas capazes de operarem as mudanças. Só assim se explica que depois de José Augusto Seabra, hoje, os nossos patronos sejam Malaca Casteleiro (Academia das Ciências de Lisboa), Evanildo Bechara (Academia Brasileira de Letras) e a Academia Galega da Língua Portuguesa. Depois, acrescentamos como sócios honorários e patronos Dom Ximenes Belo em 2015 e em 2016 José Ramos-Horta (os lusofalantes do Prémio Nobel da Paz 1996), a que se juntaram (em 2016) Vera Duarte da Academia Cabo-Verdiana de Letras e a Academia de Letras de Brasília. Aguardamos desde 2017 a prometida adesão da Academia Angolana a este projeto. O espaço dos Colóquios da Lusofonia é um espaço privilegiado de diálogo, de aprendizagem, de intercâmbio e partilha de ideias, opiniões, projetos por mais díspares ou antagónicos que possam aparentar. É esta a Lusofonia que defendemos como a única que permitirá que a Língua Portuguesa sobreviva nos próximos duzentos anos sem se fragmentar em pequenos e novos idiomas e variantes que, isoladamente pouco ou nenhum relevo terão.