Mês: Fevereiro 2019

  • milagre milagre E AO 3º DIA RESSUSCITOU

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    E AO 3º DIA RESSUSCITOU

    Kkkkkkkkk

    -0:25

    16
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  • Procuro…mas não encontro! vestígios doutros povos nos açores por andré thevet

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    andré thevet falou nisto…

    Procuro…
    mas não encontro!

    No inicio do povoamento as ligações eram feitas por mar.
    Certo dia um Batel (pequeno barco) com algumas pessoas abordo vendo o mar muito bravo entraram numa Praia para se abrigar encontraram uma abertura entraram e acenderam archotes e lá encontraram duas colunas com serpentes enroladas nas mesmas. Durante algum tempo iam a miúde visitar o local e o padre vendo que aquilo já era uma adoração aos monumentos ( que tinham letras que ninguém soube ler?) considerou pagão e mandou fechar por militares a dita estrutura alegando quem entrava lá desaparecia. Está escrito no livro Etnologia dos Açores volume I do Doutor Carreiro da Costa página nº 42
    Curiosidades: desde de 2008 que ando á volta desta ilha de São Miguel Açores entrando em várias Grutas e até hoje dia 25 de Fevereiro do século XXI não encontrei nada. Não vou desistir enquanto puder andar, subir e descer vou procurar.O sonho alimenta a vida! M: J. C.
    As colunas com serpentes bem podem ser Cartaginesas segundo o Doutor Gaspar Frutuoso escreveu nas Saudades da Terra livro IV página nº 5. Considero este historiador muito sério e credível escreveu que foram os primeiros descobridores de estas ilhas dos Açores e que setenta anos antes dos portugueses chegou a esta ilha de São Miguel um Grego cujo barco tinha Carneiros? que desgarrou de Galês e com o mau tempo chegou ao Porto de Carneiros.O melhor historiador de sempre escreveu sobre Portugal, Madeira, Canárias, Cabo Verde, Açores. Estou a seguir ( através do livro IV) os caminhos que ele precorreu nesta ilha de São Miguel Açores

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  • Estrutura do século XVI com marcas do século XX

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    Antigo Celeiro com séculos!

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    Estrutura do século XVI com marcas do século XX

    Os povoadores depois de fazerem as moradias tiveram necessidade de fazer armazenamento de todos os tipos de Cereais não só para colheitas do ano seguinte como para alimentação familiar durante o ano tais como Trigo, Centeio, Cevada, Feijão, Ervilhas e outros. Esta estrutura tem dois Arcos. o maior para o carro de bois e o mais pequeno para animais de tração carro de bois, cavalo, burro para seus transporte pessoal o buro para senhoras e idosos, O primeiro piso para guardar os ditos Cerais. As estreitas janelas era para arejamento e dar claridade no interior. Esta estrutura era coberta de Palha só muito mais tarde quando começaram a fazer as Telhas de Canudo algumas no inicio de aparecer a dita Telha alguns de barro regional Lavradores os mais abastados é que as cobriram de Telha. As coberturas de Palha chegaram até aos anos 60 do século XX. A vida antiga foi assim nesta ilha de São Miguel Açores

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  • BANDEIRANTES COLONIZADORES DO BRASIL

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    Um dos malvados colonizadores brancos?
    Partilho com alguma frequência notícias e textos sobre a situação dos indígenas no Brasil, é um assunto que me interessa. Mas em relação ao passado distante procuro aprender como foi, não fazer um julgamento dos envolvidos à luz dos nossos valores atuais.
    Os acontecimentos no séc.XX e XXI, por outro lado, devem ser analisados usando os nossos valores atuais como parte da grelha de análise…

    «(…) Não há dúvida, pois, de que foram o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho e seus comandados, os primeiros representantes da colonização lusitana a se estabelecerem no território que mais tarde constituiria a freguesia do Piauí. E o fizeram no verão de 1662, entrando pela atual fronteira pernambucana e se estabelecendo com arraial na margem do riacho Caatinguinha, subafluente do Poti, altura da hoje cidade de Valença do Piauí. O arraial recebeu o nome de S. Catarina, talvez por ter sido fundado ao final do verão, em 25 de novembro daquele ano, em homenagem a Santa Catarina de Alexandria. Mas sempre fora conhecido como “Arraial dos Paulistas”, em alusão à origem de seus fundadores. Cultivavam algumas lavouras de subsistência para o consumo diário e a principal atividade econômica de seus moradores era a caça ao índio para venderem-no como escravos aos moradores do litoral que corre de Pernambuco para a Bahia. Em face dessa atividade de caça ao índio não possuíam vida sedentária, se deslocando por grandes distâncias em busca de novas presas, durante o período de verão de cada ano, com considerável tropa. Sobre esse assunto já escrevemos anteriormente, razão pela qual será dado enfoque à figura de seu principal fundador.
    Domingos Jorge Velho, era um típico bandeirante paulista da vila de Parnaíba, onde nascera provavelmente no ano de 1641. Eram seus pais Simão Jorge Velho e Francisca Álvares, sendo tetraneto de índios tupiniquins e tapuias cruzados com sangue lusitano. Por aquele tempo era a vila de Parnaíba um dos pontos de partida dos bandeirantes que saíam em busca de minerais, pedras preciosas e índios para venderem como escravos. Portanto, embora sendo escassos os seus dados biográficos, presumimos que sendo criado nesse ambiente, assistindo à partida de conterrâneos e parentes, ouvindo os comentários sobre as incertezas do retorno e, mesmo, assistindo ao retorno de muitos, uns frustrados, outros bem-sucedidos, fácil foi a Domingos Jorge Velho, cedo se integrar numa dessas bandeiras. E mal completados os vinte anos de idade, forma sua própria tropa reunindo alguns conterrâneos, entre esses Francisco Dias de Siqueira, e alguns índios, muitos destes incorporados na jornada, e parte em busca do norte, infletindo a meio caminho para o nordeste. Dessa forma se estabelece com arraial na bacia do Poti, na forma antes relatada. E aí permanece pelo espaço de quase 25 anos, fazendo paz com alguns índios para fortalecer sua tropa, e capturando outros para vender no Maranhão, em Pernambuco, Bahia e mesmo em S. Paulo. Durante esse período que demora até o ano de 1687, promovendo longas campanhas contra o aborígene varou o centro e norte do Piauí, podendo mesmo ter penetrado no Maranhão, Ceará, Paraíba e Pernambuco, mas sempre com domicílio no Piauí. Foi grande preador de índios. Afora os indígenas que trouxe de S. Paulo, no Piauí aliou-se a Aroases, Cupinharões e Tabajaras, segundo ele, de valor inigualável na arte da guerra. E com esse reforço combateu ferozmente diversas outras nações indígenas.
    Entretanto, em face da fama angariada no combate ao elemento indígena, no ano de 1687, foi contratado pelo governador de Pernambuco, João da Cunha Souto Maior, para combater o Quilombo de Palmares, cujo líder naquela oportunidade era o negro Zumbi. Então, deixando para trás seu arraial, onde morara durante um quarto de século, com ranchos, alguma plantação e pequeno rebanho bovino, ovino e caprino, entre o final de julho e começo de agosto, parte com poderosa tropa, formada por cerca de 1300 indígenas e 80 brancos e mamelucos paulistas, em rumo das Alagoas. Contudo, ainda em 1688, quando se encontra no longo percurso é forçado a torcer caminho, por ordem do governador-geral Matias da Cunha, para combater os índios Janduins, rebelados no Rio Grande do Norte. E os combate ferozmente até o ano de 1691, quando é liberado e retoma seu destino para Alagoas, deixando em seu lugar o Mestre-de-Campo Matias Cardoso de Almeida. No entanto, sofrendo sérias agruras financeiras vende os índios capturados como escravos, no que sofreu forte oposição do capitão-mor do Rio Grande do Norte, que, inclusive o denuncia às autoridades superiores. Dessa forma, desgostoso segue para Alagoas, aonde somente chegou durante o verão de 1692, depois de passar todo o inverno anterior acampado nas margens desertas do riacho Paratagi. E por mais de três anos se dedicou ao cumprimento de seu dever, praticamente esmagando o quilombo de Palmares, que permanecera precariamente após a morte de Zumbi, seu último líder, no ano de 1695. Durante todas essas batalhas contou sempre com o decidido apoio de índios piauienses das nações indicadas.
    Domingos Jorge Velho, durante os quase vinte e cinco anos em que viveu no Piauí, se conservara sempre amasiado com diversas índias, só se casando quinquagenário, em 1697, com Jerônima Cardim Fróis. Esta, em dezembro de 1704, em companhia de outros treze antigos moradores do arraial de S. Catarina, requer extensa sesmaria na bacia do Poti, que lhe foi deferida, não tomando, porém, posse da mesma. Após a guerra de Palmares, cansado e com esposa, esse destemido bandeirante, no posto de Mestre-de-Campo se estabeleceu com fazenda em Piancó, na Paraíba, onde faleceu em 1703 sem deixar filhos reconhecidos.
    Sobre sua vida, hábitos, costumes e personalidade, interessante é o depoimento do bispo de Olinda, Pernambuco, D. Francisco de Lima, que com ele encontrou-se, datado de 29 de outubro de 1697:

    “Este homem é um dos maiores selvagens com que tenho topado: quando se avistou comigo trouxe consigo Língua, porque nem falar [português] sabe nem se diferencia do mais bárbaro tapuia, mais que em dizer que é cristão, e não obstante o haver-se casado de pouco, lhe assistem sete índias concubinas, e daqui se pode inferir como procede no mais; tendo sido a sua vida desde que teve uso de razão — se é que a teve, porque se assim foi, de sorte a perdeu, que entendo a não achará com facilidade — até o presente, andar metido pelos matos à caça de índios, e de índias, estas para o exercício de suas torpezas, e aqueles para os granjeios dos seus interesses”(AHU-ACL-N-Pernambuco-D 1732).

    Embora pareça severo esse julgamento do bispo pernambucano, sobretudo sobre o conhecimento do idioma, em face de Domingos Jorge Velho ter assinado alguns documentos firmados em português, era fato que metido na mata falava no seu dia-a-dia a língua geral. Sobre esse assunto observe-se o depoimento da historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais Adriana Romeiro:

    “Por esta época(1708), os paulistas constituíam um grupo muito peculiar, dotado de uma identidade cultural formada ao longo de dois séculos. (…). … os paulistas preservavam a identidade de grupo. Falavam a língua geral, de origem indígena, tinham práticas culturais mestiças, como a arte de sobrevivência nos matos, vestiam-se de forma estranha, recusando-se a usar calçados, e, mais importante, pautavam-se por um código de valores assentado em ideais de bravura e honra” (Uma guerra no sertão – Revista Nossa História nº 25, p. 70 a 74).

    No mesmo sentido é o parecer da pesquisadora Elisa Frühalf Garcia, doutoranda em História Moderna na Universidade Federal Fluminense, sobre o falar no Brasil colonial:

    “Até a década de 1750, falar português não era o suficiente para se comunicar no Brasil. Na Colônia, predominava a chamada língua geral. Baseada originariamente no tupi, ela passou por modificações ao longo dos contatos entre os índios e os europeus, até tornar-se característica da sociedade colonial. A língua geral era, portanto, falada não apenas pelos índios, mas também por amplas camadas da população. Em algumas regiões da Colônia, como em São Paulo e na Amazônia, ela era utilizada pela maioria dos habitantes, a ponto de exigir que as autoridades portuguesas enviadas a esses lugares se valessem de intérpretes para se comunicar” (Guarani, a língua proibida – Revista de História nº 1, p. 73 a 77).

    Portanto, embora Domingos Jorge Velho e os demais paulistas domiciliados no arraial de S. Catarina tivessem noção do idioma lusitano, era a língua geral que eles usavam cotidianamente, segundo se infere desses relatos. E a vida desregrada que levava, assim como o modo como dela retirava o sustento, escravizando indígenas, repugnou o grande bispo do Norte, benfeitor do Piauí, Dom Francisco de Lima.

    É, porém, personagem importante no desbravamento do território e colonização do Piauí, assim como na formação do Brasil.»
    http://www.portalentretextos.com.br/…/domingos-jorge-velho,…

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  • Há 55 anos um jovem açoriano viajou no trem de aterragem de um avião para chegar à América.

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    https://www.iloveazores.net/2016/01/ha-55-anos-um-jovem-acoriano-viajou.html

    HÁ 55 ANOS UM JOVEM AÇORIANO VIAJOU 3600 KM NO TREM DE ATERRAGEM DE UM AVIÃO PARA CHEGAR À AMERICA

     


    Há 55 anos, o aeroporto de Santa Maria foi o ponto de partida de uma odisseia que entrou para a história da aviação comercial. Com apenas 16 anos, Daniel Melo viajou 3.600 quilómetros sobre o Atlântico escondido no trem de aterragem de um avião.

    Objectivo: chegar à América

    Ilustração : Walter Molino
    Numa noite de lua cheia, a 9 de Setembro de 1960, Daniel Melo avista o Lockheed Super Constellation que se prepara para levantar voo no extremo da pista principal do aeroporto internacional de Santa Maria. A aeronave das linhas aéreas venezuelanas, um quadrimotor a hélice, reconhecível pelo leme triplo, aquece os motores para descolar rumo a Caracas, via Bermuda. Daniel, de apenas 16 anos, corre pela pista e sobe para o compartimento do trem de aterragem dianteiro. Depois de algumas tentativas falhadas, está em andamento o plano de atravessar o Atlântico e cumprir o objectivo final de chegar à América — como passageiro clandestino.

    Daniel Melo, de baixa estatura, tenta ajeitar-se no compartimento exíguo, enquanto o avião atinge a velocidade de descolagem. O piloto da LAV (Línea Aeropostal Venezolana) faz subir o trem de aterragem. O equipamento hidráulico comprime o passageiro contra a parede de metal, a poucos centímetros da roda em circulação. O movimento repete-se meia dúzia de vezes, porque as portas do compartimento não fecham devidamente. De cada vez que o trem sobe, Daniel Melo quase sufoca. Quando o alçapão se fecha, Daniel abre uma porta interior para a área electrónica e hidráulica do avião – o que terá feito a diferença entre a vida e a morte.

    Depois de algumas voltas à ilha, enquanto tenta resolver o problema do trem, o comandante vê o alerta da abertura da porta interior, que impede a pressurização correta da cabine. Pede autorização à torre de controlo para voar a uma altitude inferior até ao destino: o arquipélago das Bermudas, a cerca de 3.600 quilómetros de distância. O voo deveria decorrer a 18.000 pés, mas acaba por seguir a um nível de 8.000 pés. A porta aberta faz com que a temperatura se mantenha a níveis suportáveis, devido ao ar quente que chega do compartimento contíguo. Caso contrário, Daniel Melo poderia ter morrido devido à hipotermia e falta de oxigénio.

    Daniel deita-se paralelo ao eixo do trem de aterragem. Apesar do barulho ensurdecedor dos motores e do vento, consegue adormecer. “Sonhei que estava em Nova Iorque”, contara anos mais tarde numa entrevista ao programa Gente Nos., da RTP Açores. Alimenta-se apenas com três “papo-secos” que levara consigo. Depois de nove horas e meia de viagem, em que esteve praticamente imóvel, o avião aterra na Bermuda, entre as 06h00 e as 6h30 da manhã, com o dia a raiar. O passageiro clandestino pensa em saltar enquanto o avião dá a volta lentamente, quando avista militares norte-americanos de um lado da pista. Do outro, vê o mar. Conseguira parte do objectivo, mas ainda estava longe da América.

    Daniel Correia Melo nasceu a 22 de novembro de 1943 nas Furnas, na ilha de São Miguel, num meio familiar humilde. Em 1950, com apenas sete anos, acompanhou os pais e dois irmãos quando a família se mudou para Santa Maria. O aeroporto internacional, construído pelos norte-americanos como base militar, no final da II Guerra Mundial, estava no auge da actividade enquanto importante ponto de ligação entre a Europa e as Américas, onde as grandes companhias aéreas faziam escalas para reabastecimento nos voos intercontinentais. A família morava no Bairro Operário e o pai trabalhava no cinema do Aeroporto — onde Daniel via os filmes de Hollywood que o faziam querer procurar uma vida melhor na terra das oportunidades.

    O planeamento da viagem começou aos 14 anos — Daniel aprendia o ofício de carpinteiro nas oficinas do Aeroporto e já ouvira relatos de tentativas semelhantes, nos aviões militares que partiam da Base das Lajes, na Terceira. Observou de perto os diferentes tipos de aeronaves, quando fazia incursões pela placa com os amigos, às escondidas da polícia. Escolheu o avião, a companhia aérea e o destino. “O meu plano foi perfeito”, recordou ao jornal Portuguese Times, de New Bedford, duas décadas depois da viagem. “Sempre gostei de aventura.”

    A intenção passava por aterrar de noite na Bermuda e fugir para o porto, onde embarcaria clandestinamente num cargueiro para os Estados Unidos. Contudo, o atraso à saída dos Açores fez com que o avião aterrasse já de dia e fosse descoberto pela tripulação. “Ouvimos um ruído áspero e depois um outro, como se alguém estivesse a dar pancadas nalguma coisa”, contou o co-piloto, Eugene Moberg, aos jornalistas locais, que dão à história projecção internacional. “Pensámos que a porta se tivesse fechado, mas ao chegarmos à Bermuda um elemento da equipa de terra da LAV viu o Daniel agarrado ao eixo da roda como um macaco”, acrescentou.

    Depois de conversarem entre si, a tripulação decide não o entregar às autoridades. Em vez disso, levam-no a uma casa de banho para retirar a sujidade do pneu e Daniel regressa ao avião, agora ao interior da cabine, onde lhe servem o pequeno-almoço. O voo para Caracas, o destino final, demora outras oito horas. Daniel fala com a tripulação, arranhando o castelhano, e anda descontraidamente pela cabine. Sem documentos à chegada, é levado para o consulado de Portugal. Perguntam-lhe o nome e a idade e o cônsul decide entregá-lo à polícia de imigração venezuelana. O comandante do avião propõe-lhe duas alternativas: pode perfilhá-lo ou oferecer-lhe uma das filhas em casamento, o que Daniel rejeita.

    Após passar uma noite detido, regressa no dia seguinte a Portugal, mas a Lisboa, via Bermuda, noutro Constellation da LAV, onde é colocado à guarda das autoridades. A odisseia aérea chamara a atenção da imprensa internacional e à chegada Daniel tem à espera um grupo de jornalistas portugueses. É abordado por dezenas de pessoas, que o cumprimentam pela proeza. A façanha tem destaque de capa em dois dos maiores jornais portugueses – O Século e o Diário de Notícias – que salientam o seu ar franzino e relatam a viagem como um misto de espírito aventureiro e inconsciência juvenil. “O rapaz que viajou no vão da roda de um avião chegou a Lisboa e jurou que não repetiria a proeza”, titula o DN. “Tiveste medo?”, pergunta o jornalista de O Século. “Eu não senhor. Mas aquilo foi muito perigoso ao que me disse o capitão do avião, e poderia ter morrido.”

    O feito continua a ser raro na história da aviação. Daniel é um dos 25 passageiros clandestinos que sobreviveram a um voo no compartimento do trem de aterragem de um avião — o que representa 24 por cento das tentativas. A maior parte sucumbe à hipotermia e falta de oxigénio. Os dados são de um relatório da Federal Aviation Administration (FAA), entidade que regula a aviação civil nos EUA e referem-se aos casos ocorridos desde 1947, a nível mundial.

    No dia 13 pelas 22h00, quatro dias após a partida, Daniel está de volta a Santa Maria. O comandante da LAV informa o agente da PIDE de serviço no aeroporto que transporta um deportado e Daniel é interrogado sumariamente, de acordo com os documentos do processo depositados nos arquivos da Torre do Tombo. O chefe do posto da PIDE do aeroporto comunica com a sede, em Lisboa, a perguntar como deve proceder em relação ao passageiro clandestino, referindo-se à “ocorrência que foi largamente relatada nos jornais”. A resposta é desconcertante: trata o caso como se fosse um acontecimento banal. “O procedimento a adoptar com ele deve ser o mesmo que é tomado em casos idênticos.” Só no dia 15 é detido para prestar declarações. Diz à PIDE que não planeou a viagem nem sabia o destino do avião e que queria apenas fugir de casa devido a uma discussão familiar. Sai com termo de identidade e residência, acusado de emigração clandestina e o processo enviado para o Ministério Público — acaba condenado a três anos, com pena suspensa.

    Recorte de jornal retirado da primeira página de O Século de 13/09/1960
    Confinado a Santa Maria, Daniel Melo continua a trabalhar no próprio aeroporto, onde vê os aviões descolarem em direcção à América. Combate na guerra colonial, entre 1965 e 1967, como cabo atirador, em Angola. Só consegue emigrar legalmente para os EUA 10 anos depois da viagem clandestina, para trabalhar numa fábrica. E é na América que continua a viver, em Fall River, no estado de Massachusetts, passado mais de meio século do seu feito épico.

    Texto: Pedro Barros Costa

    Fonte: Revista LPAZ (vol. 1 | Maio de 2015)

    (mais…)

  • ANTERO por MARIA JOÃO RUIVO

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    “Antero de Quental – esboço de uma abordagem para os alunos de hoje”
    [Intervenção no Colóquio sobre Património (dia da Escola -21 de fevereiro, 2019)]

    Falar de Antero exige de nós um enorme respeito e uma profunda reflexão. Mas em 10 minutos a reflexão profunda é impossível, restando-me, por isso, o respeito que lhe é devido.
    O que venho aqui dar hoje é um pequeno contributo. Trata-se de uma breve reflexão sobre uma possível abordagem de Antero para os alunos de hoje

    Durante os últimos (vários) anos, Antero de Quental deixou de estar presente nos programas de Português do Ensino Secundário, sendo estudado apenas pelos alunos de Humanidades, na opção de Literatura Portuguesa, o que pressupõe que a maior parte deles passou pela escola sem ouvir falar do Poeta. Com a última reformulação dos programas, Antero voltou, há dois anos, a ser inserido na disciplina de Português do 11º Ano.
    Sendo assim, pensei que teria algum interesse, como professora, fazer uma breve reflexão sobre uma possível forma de abordar Antero de Quental junto dos alunos deste nosso tempo. Todos entenderemos que é um grande desafio levar adolescentes de 16/17 anos, que pouco ou nada lêem, a entenderem a poesia de Antero, com a complexidade que a caracteriza.
    Atendendo ao tempo de que disponho, optei por dois aspetos, que, entre muitos outros, considero dignos de reflexão. Por um lado, mostrar Antero aos alunos na grandeza e na força da sua busca incessante e, por outro, levá-los a ver a morte do Poeta como uma entrega ao Absoluto que ele tanto procurou, numa tentativa de apaziguamento e de reconciliação com a vida.
    Começarei por fazer uma breve contextualização junto dos alunos para que eles entendam que a obra de um escritor, de um poeta, não surge desligada da sua vida e do seu tempo. Falaremos, inevitavelmente, da saída da ilha. Antero era quase uma criança, quando se afastou de São Miguel e da família. O desabrochar deu-se em Coimbra. Na sua irreverência juvenil, ele procurou tudo o que fosse novidade, numa tentativa de quebrar as amarras da tradição, e, embora nas crises de pessimismo o seu tempo o desgostasse, ele pareceu também acreditar, noutras alturas da sua vida, que havia esperança para o homem e que este caminharia num sentido positivo, procurando o Bem, a Justiça e a Verdade, assim, com maiúsculas.
    O nosso Poeta-filósofo encarna, no fundo, as eternas angústias dos homens. Angústias que os jovens de hoje também sentirão, de alguma forma, ainda que não as estruturem em pensamento, como ele fazia; ainda que não consigam verbalizá-las. Tal como acontece com eles, Antero viveu uma época de profundas transformações, porém, e aí ele distingue-se da maioria, passou a vida inteira a tentar interpretá-las. Seria muito interessante levar os jovens a entender até que ponto terá sido um deslumbramento, e, ao mesmo tempo, uma imensa angústia, Antero, quase criança ainda, sair do ambiente fechado e opressor da ilha de São Miguel do séc. XIX e embrenhar-se no núcleo coimbrão que começava a tomar contato, através da leitura, com as profundas revoluções que se operavam no centro da Europa. Entenderem a luta que encetou e a influência que exerceu na sua geração. Seria importante que os jovens de hoje – que estão conetados (como é moda dizer-se) com todo o mundo e para quem as mudanças já aparecem feitas sem lhes darem sequer tempo ou instrumentos para refletirem sobre elas – entendessem em que medida é que este processo foi complexo e, ao mesmo tempo, fascinante, para a geração do nosso Poeta.
    Isto poderá levar-nos à relevante questão da personalidade atormentada de Antero. Ao longo da sua vida, ele é dominado por apelos que se opõem e que determinam, em boa parte, o seu percurso. Há nele, todos sabemos, um Antero “Apolíneo”, “diurno” e um “Antero noturno”, como o definiu António Sérgio. O primeiro exalta a Luz, a Razão e o Amor e evidencia a clarividência do espírito combativo, a avidez de reformas estruturais que coloquem um termo aos problemas sociais; enquanto o segundo é marcado pelo Pessimismo, pelas angústias existenciais, pelos hinos à Noite e à Morte, esse descanso final. A verdade é que ele teve consciência do declínio e da crise profunda que o seu tempo atravessava e, ao mesmo tempo, tentou ser a voz da Revolução intelectual e moral que se deu dentro dele e que se operava, também, nas capitais europeias.
    Não há dúvida de que Antero toda a vida buscou algo que o ultrapassasse, e o mais próximo que lá esteve terá sido pelas incursões que fez no mundo das ideias. Acho que essa é uma questão que se pode tornar muito pertinente. Cada vez mais, os nossos jovens estão esvaziados. Buscam, em cada dia, o material e o imediato, sobretudo na forma de tecnologia. O esforço que se lhes exige é mínimo. “Tudo está à distância de um Click”, como tanto se publicita. Ora, defender um ideal dá trabalho, exige abdicação, implica riscos. Que pena eles não imaginarem que isso daria um sentido absolutamente valioso à sua existência!
    Para Antero, a vida foi uma busca – a busca da Ideia, o Bem supremo, como diz nestes versos (e cito): A Idéia, o sumo Bem, o Verbo, a Essência,/ Só se revela aos homens e às nações/ No céu incorruptível da Consciência!
    De qualquer modo, todos sabemos que cedo se abateram sobre o poeta estados de tristeza e pessimismo, a que vieram juntar-se os primeiros sintomas da doença que havia de atormentá-lo até ao fim da vida. Esta questão não será demasiado explorada junto dos alunos, até porque o programa é extenso e o tempo que temos para dedicar a Antero é muito curto, mas é inevitável que dela se fale um pouco.
    Sendo Antero um homem perseguido pela angústia, pela doença e por essa busca constante que o atormentou, é natural que a ideia da Morte tenha ocupado um lugar importante na sua filosofia. Para ele, o homem, ser imperfeito, no seu percurso evolutivo, passa da realidade material da sua existência temporária e limitada para um outro estado que o aproxima do Absoluto. A Morte é essa passagem.
    Mas a verdade é que nem tudo é pessimismo em Antero. Ao lermos os seus sonetos, por exemplo, percebemos que, se muitos revelam as angústias e os estados depressivos, também há outros que confirmam a sua faceta lutadora e o apaziguamento, comprovando, mais uma vez, que este é um poeta caracterizado por uma série de contradições, sinal da sua profunda humanidade.
    É ele próprio que escreve ao seu amigo Francisco Machado de Faria e Maia, dizendo: “Estou resolvido a publicar a série completa dos meus sonetos, na sua ordem cronológica, de modo a formarem uma espécie de autobiografia, ou Memórias morais e psicológicas. Provavelmente, é tudo quanto ficará de mim”.
    Antero abre a sua seleção de sonetos com “Ignoto Deo” e termina-a com “Na Mão de Deus”, parecendo, assim, querer demonstrar que se fechou um ciclo de busca, dúvidas e ansiedade. Ao lermos os poemas, percebemos, neles, uma parte do seu percurso filosófico (que veríamos muito mais aprofundado na prosa, como é natural). Entendemos as angústias e o pessimismo, mas também uma certa reconciliação. Apresentarei aos meus alunos ambos os polos, evidentemente, e eles refletirão sobre eles, com a minha ajuda.
    Gostaria que eles percebessem que, na profunda construção do seu pensamento, o Poeta, apercebendo-se da finitude e da imperfeição do homem, procura caminhar no sentido evolutivo, tentando libertar-se da matéria, em direção ao espírito, de certa forma contemplando esse percurso, lá do alto onde se encontra, como vemos em:

    “Contemplação”
    Sonho de olhos abertos, caminhando
    Não entre as formas já e as aparências,
    Mas vendo a face imóvel das essências,
    Entre ideias e espíritos pairando…

    E a verdade é que, nessa caminhada que foi a sua vida, (sei que a metáfora não é original, mas por agora serve-me muito bem), apesar das angústias, do pessimismo e das dores profundas, não é subjetivo de todo dizer-se que houve lampejos de Esperança e de apaziguamento.

    “Solemnia Verba”

    Porém o coração, feito valente
    Na escola da tortura repetida,
    E no uso do penar tornado crente,

    Respondeu: Desta altura vejo o Amor!
    Viver não foi em vão, se é isto a vida,
    Nem foi demais o desengano e a dor.

    Termino esta brevíssima viagem pelos sonetos com os conhecidos versos de “Na Mão de Deus”: Dorme o teu sono, coração liberto, / Dorme na mão de Deus eternamente! Mas juntar-lhes-ia o último terceto de “Nirvana” (*), porque acho que ilustra muito bem essa ideia de apaziguamento e de Esperança, que aqui defendo:
    Chegar onde eu cheguei, subir à altura
    Onde agora me encontro – é ter chegado
    Aos extremos da Paz e da Ventura!

    Pode parecer tendenciosa a minha escolha destas passagens dos sonetos anterianos. E é-o, em certa medida. Mas defendo-me, dizendo que não estou, aqui, a desenvolver uma tese. O assunto da minha intervenção, que aqui recordo, é uma proposta de abordagem de Antero junto dos meus jovens alunos. Claro que não a limitarei a esta visão parcial. Nem eles poderiam chegar aqui, se não se falasse das inúmeras contradições e do tormento que marcam o caráter e a obra deste poeta.Toda a sua vida foi uma indagação. Perseguido pelas dúvidas, pelas angústias, pela doença e pelo pessimismo, Antero buscou, inevitavelmente, o descanso, nesse seu gesto extremo da morte procurada. Mas o que pretendo, no fundo, é que os alunos tomem contato com o perfil de Antero, com o percurso que fez, com um pouco da muita obra que deixou e com aquilo por que se debateu e que poderá servir de exemplo ainda hoje. Gostaria muito que eles chegassem ao fim da unidade sobre o poeta capazes de refletirem um pouco sobre a ideia de que a luta pelo Bem, pela Justiça e por uma Liberdade bem entendida é intemporal. Que Antero teceu essa luta recorrendo ao Pensamento e à força da Palavra poética. E que, apesar dos momentos de desânimo, terá, talvez, encontrado uma Paz que tanto procurou.
    Finalizo, dizendo que há muito que penso não ter sido por acaso que Antero escolheu pôr fim à vida num local tão público como o Campo de São Francisco, precisamente junto ao Convento da ESPERANÇA, na sua cidade natal, e no banco que se situava por debaixo da âncora que ainda lá se encontra. Há uma mensagem, julgo eu, que ele nos quererá transmitir com esta escolha da morte e do lugar onde ela se deu. Ele aproximava o conceito de morte à ideia do “não-ser”, uma forma de união com o transcendente – Deus – não necessariamente nos preceitos tradicionais que a sua educação religiosa, pela mãe, lhe ditara, mas numa conceção muito mais filosófica que ele terá elaborado e repensado a vida inteira. É como Eduíno de Jesus diz, de alguma forma, que (e cito) “ O Poeta (…), um dia, já cansado de tanta luta, [perdeu-se] de propósito, por fim, nessa mesma praia infinita do Não-Ser = Ser Único Absoluto.” E é como o próprio Antero diz, num soneto que dedica à Noite:

    Oh! antes tu também adormecesses
    Por uma vez, e eterna, inalterável,
    Caindo sobre o mundo, te esquecesses,

    E ele, o mundo, sem mais lutar nem ver,
    Dormisse no teu seio inviolável,
    Noite sem termo, noite do Não-ser!

    Maria João Ruivo
    In Antero 125 anos depois (versão adaptada)

  • Óbito/Bigotte Chorão: PR enaltece empenho na valorização da língua portuguesa

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    Óbito/Bigotte Chorão: PR enaltece empenho na valorização da língua portuguesa O Presidente da República enalteceu hoje o trabalho do escritor João Bigotte Chor

    Source: Óbito/Bigotte Chorão: PR enaltece empenho na valorização da língua portuguesa

  • a 2ª grande guerra em Timor – filme

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    Nelson Castro Tavares shared a v
    ideo to the group: Timor Agora.

    4 hrs

    In February 1942, a platoon of Australian Comandos were overrun by the Japanese and fled to the mountains.

    Without supplies for 3 months, they survived with the help of the Timorease.

    Over 45,000 Timorease lost their lives, because of the presence of the Australians in Timor.

    -10:52

    6,299 Views

    CAMSTL-Centro Audiovisual Max Stahl Timor-Leste is at CAMSTL-Centro Audiovisual Max Stahl Timor-Leste.

    [Segunda Guerra Mundial]
    1942 – 1945 iha fatin ida ne, iha tempu naba akapamentu Australia hari’i naran Bahalata Akapamentu iha Suco ossurua postu administrativu Ossu, minisipu Viqueque.
    https://timorleste.github.io/viqueque

    Tempu naba komando Australia ida nebe tama konta forsa Austalia hanaran komando Z, Hamutuk ho kriadu Timoroan lubuk ida, iha tempu naba mos maka populasaun nebe apoi forsa Australia sira subar iha foho Watulawa fatin labalou ida ne, mak hanesan tuir mai ne Aldea Watulawa suco Ossurua ni nian, Aldea Umabere suco Ossurua, Aldea Raimutin suco Ossurua, Aldea Waibobo suco Ossorua no mos populasaun balu husi Aldea Samaliu suco Loihunu ni nian mak subar iha fatin ida ne.

    Iha momentu naba, forsa Australia sira hamutuk populasaun no mos kriadu lubuk ida nebe apoiu sira sai hanesan soldadu Australia, nebe sira konvia no fo kilat lolon 12 hodi proteje no defende populasaun sira subar iha ne.

    ————————–

    Australia and Timor-Leste Story of Second World War 1942 – 1945

    [ Audiovisual Narrative Preface ]
    The island Republic of Timor-Leste is divided into thirteen Municipio (or Districts), the South Eastern District is called Viqueque, and is made up of a fairly flat coastal plain as its southern border, with steep and high mountain ranges, which are well forested, as its northern border with the neighbouring district. This terrain has proven very useful in times gone by, as protective areas for forces that were being hunted by greater invading powers.
    https://timorleste.github.io/viqueque

    The first such occasion, in more recent times, was during World War II when Japanese forces had invaded South East Asia, occupied Indonesia and landed on the island of Timor in early 1942. At that times Australian and Dutch forces were already deployed in both Dutch and Portuguese Timor as a block to probable Japanese invasion of Australia. The block was soon overcome by the all conquering Japanese Imperial Army, however not completely, as a small group of the Australian 2nd/2nd Independent company had been cut off in Dili, from their parent command group in Kupang. This then independent group took to the mountainous and well forested hinterland of Timor, and operated as a guerilla force, known to the Australian command as “Sparrow Force”, against the Japanese, for about one year. Together with other similar groups operating throughout the island to the North of Australia, they were known collectively as “Z Special” forces.

    Although the Japanese conducted many armed patrols, and had superior air power over Timor, they never actually found the very moveable main base of Sparrow Force. One of Sparrow Force’s main bases, and indeed a training area, was on a mountain top in within the Ossu sub-district of Viqueque. This venue had very steep approaches on all sides, a narrow entrance path, and commanded a good view of the surrounding countryside. The peak is known as “Watulawa-Labalou”.
    http://bit.ly/2OxpsdM

    As a matter of interest, a grave and memorial to one of the Z Special forces members was erected years after WWII in a cemetery about 10 mins drive to the East of Ossu township (Ossurua). The soldiers name is Sancho Da Silva, a Timorese signaller working for Sparrow Force, and captured by the Japanese late in the operations of Z Special operations in Timor. He survived, and later died in Australia in March 1997.
    http://bit.ly/2w41WNQ

    The second occasion in which an isolated mountain top in the Ossu (Viqueque) district was used to secure guerilla forces occurred during the Indonesian occupation of Timor-Leste between 1975 and 1999.

    This peak is known as “Abrigo-Wasadiga” and is again a naturally well protected area with steep sides and excellent views of the surrounding countryside. The site was used by the Falintil guerrilla forces of Timor-Leste, opposing the Indonesian Armed Forces in occupation of the Nation. The peak was used as a secure training area and hideout for such notable leaders as “Lu-Olo” the current President of Timor-Leste, and the current Prime Minister, former President, Taur Matan Ruak, Defence Force Brigadier General Falur Rate Laek.
    https://timorleste.github.io/wasa-diga

    The video clip that follows is an Australian presentation, made during the World War II years, of the Sparrow Forces operations, which were crucially supported by many loyal Timorese, who acted in vital support of the Australian soldiers during their efforts in Timor, and since 20 May 2002 the Democratic Republic of Timor-Leste.
    https://timorleste.github.io/audiovisualarchive

    #CAMSTL #RuralCommunityHistory