Mês: Julho 2017

  • “A cultura faz parte do processo de inovação”, diz José António Salcedo – Rui Moreira

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    José António Salcedo começou a primeira intervenção nas Conversas à Moda do Porto com uma declaração de interesses: “as minhas declarações normalmente são no sentido de dizer que estou cá mas não tenho nada a ver com isto. Mas desta vez eu estou aqui em apoio claro e motivado para a candidatura de Rui Moreira, como é evidente”. Ler Artigo Completo

    Fonte: “A cultura faz parte do processo de inovação”, diz José António Salcedo – Rui Moreira

  • Glossário: palavras timorenses

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    http://letratura.blogspot.pt/2007/02/glossrio-palavras-timorenses.html

    23.2.07

    Glossário: palavras timorenses

    Palavras timorenses no português
    Baiqueno m. Língua, falada principalmente na Província do Servião, a que os Holandeses chamaram timoreesch.
    Batanda f. Dança de Timor.
    Bataúda f. Batuque de Timor.
    Calado m. Dialecto falado nas montanhas vizinhas de Díli, em Timor.
    Carosol m. Arbusto amomáceo de Timor.
    Cascado m. Em Timor, doença da pele, peculiar aos indígenas.
    Champló m. Árvore de Timor.
    Coilão m. Pântano, paul; ribeiro que não chega às praias, escoando-se nas areias ou formando pântanos.
    Cole m. Em Timor, folha de palmeira, com que se fazem esteiras, cestos e sacos.
    Crubula f. Certa árvore de Timor.
    Dagadá m. Língua gentílica de Timor, falada nos reinos de Faturó e Sarau, na ex-parte portuguesa.
    Dasserai m. Axorcas que os Timorenses trazem nos artelhos.
    Dató m. Chefe de uma aldeia (suco) ou de uma reunião de aldeias em Timor, pertencente à primeira classe social, dita mesmo dos datós.
    Firaco m. Homem rude, montanhês, indígena do Leste do território.
    Gabuta f. Planta de Timor.
    Gonilha m. pl. Tabuões de bambu justapostos, com buracos redondos, que se colocavam nas pernas dos encarcerados.
    Hacpólique m. Nome que em Timor se dá à tanga usada pelos indígenas.
    Haiçá m. Árvore de Timor.
    Haissuaque m. Instrumento de madeira pontiagudo com que os Timorenses amanham e revolvem a terra, em vez de arado ou de enxada.
    Idate m. Um dos idiomas indígenas de Timor.
    Lacalei m. Um dos idiomas indígenas de Timor.
    Lamaquito m. Tribo indígena de Timor.│Indivíduo desta nação.
    Lamuca f. Em Timor, espécie de rola.
    Lantém m. Tarimba, mesa, estante ou banco de bambu ou hastes da palapa (espécie de palmeira da região), em Timor.
    Lepalepa f. Canoa de Timor, curta e larga.
    Liurai m. Em Timor, título do rei ou do régulo.
    Lorçá m. Hino guerreiro e patriótico, em Timor.
    Lorico m. Espécie de periquito de Timor.
    Mambai m. Idioma indígena de Timor.
    Manatuto m. Língua de Timor, na região do mesmo nome.
    Nauete m. Dialecto indígena de Timor.
    Naumique m. Um dos idiomas indígenas de Timor.
    Pagar m. Em Timor, o m. q. casa.
    Palapeira f. Bot. Árvore de Timor de cujas fibras as mulheres tecem panos.
    Parão m. Arma usada pelos Timores, espécie de foice roçadoura, com a ponta levemente curva.
    Parapa f. Bot. Certa árvore de Timor.
    Pardau m. Em Timor, medida de comprimento, apenas empregada na medição dos chifres dos búfalos.
    Posual m. Em Timor, lugar onde se guardam as coisas sagradas, louças, pedras, azagaias, amuletos, etc.
    Salenda f. Espécie de xaile das mulheres malaias e usado igualmente pelos homens em Timor.
    Suangue m. Nome que em Timor se dava ao feiticeiro.
    Tabedaí m. Dança timorense.
    Tais m. Pano de algodão com que os guerreiros de Timor cobrem o corpo, da cintura ao joelho.
    Tamugões m. pl. Segunda classe de indígenas de Timor.
    Tanleom m. Bot. Árvore de Timor, espécie de sândalo.
    Tarão m. O m. q. anileira, em Timor.
    Teto m. Uma das línguas faladas em Timor; o m. q. manatuto e tétum.
    Tétum m. O m. q. teto.
    Timungões ou tumungos m. pl. Classe dos chefes, espécie de baixa nobreza, de povoação em Timor.
    Uiamá ou uimaa m. Língua de Timor-Leste falada nas áreas administrativas de Atsabe, Calicai, Laleia, Venilale e Vila Salazar (Baucau).
    Valuiú f. Bot. Palmeira silvestre de Timor.

    [Glossário em construção: 50 entradas]

  • 31 nomes que não funcionam muito bem no Brasil

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    Fonte: 31 nomes que não funcionam muito bem no Brasil

    31 nomes que não funcionam muito bem no Brasil

    Louis Picamoles usando o aplicativo Rego no Boquete Country Club.

    publicado

    1. A Fundación para el Desarrollo Urbano (FUDEU), na Costa Rica.

    2. A Bosta Water Technics, na Holanda.

    Via bosta.com

    BOSTA NETHERLANDS | BOSTA FRANCE | BOSTA BELGIUM | BOSTA UK

    4. O goleiro polonês Lukasz Merda.

    5. A joalheria Fudeus, em Berlim.

    Clarissa Passos / BuzzFeed Brasil

    6. A joalheria australiana Bunda.

    Clarissa Passos / BuzzFeed Brasil

    7. O suco americano Suja.

    Eduardo Fonseca Moraes.

    8. O aplicativo Rego.

    Via rego.to

    “Viu um restaurante que parece bom? Coloque no Rego. (…) Tem um tempinho livre? Abra o Rego e veja o que há em volta.”

    9. O banco holandês Rabobank.

    10. O político argentino Walter Buceta.

    11. O fotógrafo canadense Paul Buceta.

    12. A grife equatoriana Pinto.

    Via pinto.com.ec

    Incluindo PINTO KIDS e PINTO BABY.

    13. O blog Gallo Pinto & Mole, feito por duas latinas que moram em Los Angeles.

    14. O jogador francês de rúgbi Louis Picamoles.

    15. A banda espanhola Picadura.

    16. A Pintudos, empresa boliviana de joguinhos ecológicos.

    17. A Rola, empresa alemã de soluções de segurança.

    18. A montadora chinesa Chana Motors.

    Clarissa Passos / BuzzFeed Brasil

    Ela opera no Brasil com o nome Changan.

    19. A galeria de arte Bicha, em Londres.

    20. O restaurante chinês Xi-Xi, em Gozo (rs), Malta.

    Via gozo.com

    O endereço do site oficial é gozo.com/xixi.

    21. A loja japonesa Furico.

    22. A loja japonesa Suvaco.

    24. O endereço da Energy Credit Union.

    25. O site de compras Cuzin.

    26. O restaurante novaiorquino La Vara.

    27. A Federación de diabéticos españoles (Fede).

    28. O partido alemão FDP.

    Wolfgang Rattay / Reuters

    29. O restaurante peruano Picas.

    30. A empresa romena de logística Benga.

    31. E a fabricante de borrachas Vipal, do… Brasil.

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  • massacres de aborígenes (o mapa)

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    New map records massacres of Aboriginal people in Frontier Wars

    BY NATIONAL INDIGENOUS AFFAIRS CORRESPONDENT BRIDGET BRENNAN

    A screenshot of an online map marking the massacres of Aboriginal clans across Australia's colonial frontier.
    PHOTO

    The online map marks the massacres of Aboriginal clans across Australia’s colonial frontier.

    SUPPLIED: UNIVERSITY OF NEWCASTLE

    After years of painstaking research, an online map marking the massacres of Aboriginal clans across Australia’s colonial frontier has launched.

    More than 150 sites have been recorded along the east coast, where violent attacks on Aboriginal people took place for decades after the First Fleet arrived.

    Historian and conjoint Professor at the University of Newcastle Lyndall Ryan believes it will be one of the most comprehensive maps of the Frontier Wars ever produced.

    “I think this project wanted to provide people with the evidence and finding the evidence has taken a long time,” Professor Ryan said.

    “We’d like to hope that this is a preliminary map and more and more sites will be added over time.”

    Killings ‘designed not to be discovered’

    Professor Ryan said finding sources to corroborate oral history of the massacres was difficult, because the killings were “designed not to be discovered”.

    Sites in Tasmania, Victoria and most sites in New South Wales and Queensland have been recorded, but Professor Ryan said much more work needed to done in other states.

    “As we move further west, I think we’ll find that map is going to have a lot of dots on it,” she said.

    Each site has been recorded alongside multiple accounts of the battles, with sources from newspaper reports, settler diaries and letters, and court records.

    Professor Ryan said Tasmania was the first site where major massacres occurred — the conflict there is commonly known as the Black War.

    “They went for a period of about seven or eight years, and it terms of the Aboriginal population in Tasmania, certainly the numbers were devastating,” she said.

    But as settlers moved north along the mainland, Professor Ryan said death counts rose dramatically.

    “We’ve got a number of really major massacres where 60 or more [people] were killed and then we’ve got a very major event at Gippsland, the Warrigal Creek massacres, where over a period of about five days, about 150 people were killed,” she said.

    Evidence ‘could help overcome uncertainty, scepticism’

    Some Aboriginal communities asked the researchers not to pinpoint the exact location of where their ancestors were killed, so the map records an approximate site instead.

    The dots are marked in yellow — after many communities told the researchers that red was a sacred colour which should not be used to mark deaths.

    Each marking on the map includes a date, the number of people killed, the types of weapons used by settlers and, in many cases, the names of the perpetrators.

    “If you can provide the evidence of the information, then it could help to overcome a lot of the uncertainty and scepticism,” Professor Ryan said.

    “I think it’s making us focus on just what happened.”

    There are few monuments to the Frontier War across the Australian landscape, and Professor Ryan hopes that may change.

    “I guess this could be the beginning,” she said.

    “However, we still haven’t reached the point where we’ll stop desecrating these sites.

    “We’ve got a long way to go to accept the Frontier War.”

    The research team found many major massacres happened alongside rivers, but some battle sites are now under dams, reservoirs and weirs.

    “That’s where the majority of Aboriginal people were, that was where the good pastoral land was and that’s where the settlers wanted to be,” Professor Ryan said.

    “I think it would be possible along the Murray River to have some well-identified signs [saying]: ‘This was a battle site’.”

    http://mobile.abc.net.au/news/2017-07-05/new-map-plots-massacres-of-aboriginal-people-in-frontier-wars/8678466?pfmredir=sm

  • O Mito do Português em Marrocos (L-Bartqiz)

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    de diálogos lusófonos se transcreve

    O Mito do Português em Marrocos (L-Bartqiz) (mais…)

  • Morreu Medina Carreira

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    Morreu Medina Carreira, ex-ministro das Finanças. Tinha 85 anos.

    Fonte: Morreu Medina Carreira

  • a morte do TUP Teatro Universitário do Porto

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    http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/07/universidade-do-porto-assina-certidao.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+PginaGlobal+(P%C3%81GINA+GLOBAL)

    Universidade do Porto assina certidão de óbito do Teatro Universitário do Porto



    A Universidade do Porto precisa de dinheiro, o edifício onde está o TUP vale muito.

    Enteado da Universidade do Porto, para quem o Teatro e toda a sua envolvência social e cultural é descartável, o Teatro Universitário do Porto é o grupo de teatro mais antigo ainda em actividade do Porto e está, como o próprio nome indica, de alguma forma ligado à Universidade do Porto. No TUP nasceram, ou passaram, muitos dos nomes mais sonantes desta nobre arte.

    No passado dia 29 de Junho a Universidade do Porto terá dado o primeiro passo oficial para passar a declaração de óbito (há muito pretendida) ao Teatro Universitário do Porto (TUP), instituição fundada em 1948 e com actividade permanente desde então, sendo por isso o grupo teatral mais antigo da cidade do Porto.

    Nesse dia o Diário da República publicou o anúncio de um concurso público da venda ou concessão do antigo colégio Almeida Garrett, localizado na Praça Coronel Pacheco, pela Universidade do Porto, por um preço base de 4,768 milhões de euros.

    “O procedimento visa a celebração de contrato de compra e venda do espaço denominado ‘ex-colégio Almeida Garrett’, ou a celebração do contrato referente à cedência em direito de superfície por um período máximo de 30 anos”, especifica o anúncio. Localizado na freguesia do centro histórico do Porto, o imóvel tem entrada pela praça Coronel Pacheco e está inserido num terreno com uma área total de 8.520 metros.

    Enteado da Universidade do Porto, para quem o Teatro e toda a sua envolvência social e cultural é descartável, o Teatro Universitário do Porto é o grupo de teatro mais antigo ainda em actividade do Porto e está, como o próprio nome indica, de alguma forma ligado à Universidade do Porto. No TUP nasceram, ou passaram, muitos dos nomes mais sonantes deste nobre arte.

    De há muito que se sabe que a Reitoria da Universidade do Porto tem uma visão exclusivamente economicista em relação a este tentador espaço que faz salivar qualquer empreendedor imobiliário. Também se sabe que a Reitoria se está nas tintas para o facto de nesse espaço existir um grupo de teatro, o mais antigo – repita-se – do Porto e sempre em actividade.

    “O TUP, habituado que está a saltar de um lado para o outro e a nunca ter uma casa mesmo sua, voltará certamente a fazer as malinhas. O TUP, para os que não sabem, tem património e tem gente lá dentro. Património e gente que não cabem numa ou duas salinhas. O TUP, para os que não sabem, voltou a fazer do antigo auditório da ACE Escola de Artes um auditório de teatro (obviamente com o acordo da ACE). Um auditório onde os senhores da reitoria nunca põem os pés. Um edifício onde os senhores da reitoria nunca põem os pés, habitado por um grupo de teatro universitário onde os senhores da reitoria nunca põem os pés, que faz teatro que os senhores da reitoria nunca vão ver, que acolhe a comunidade universitária e não só e que lhe dá a oportunidade de fazer um teatro de que os senhores da reitoria não querem mesmo saber”, desabafa Nuno Matos, um “TUPniano” que se recusa a pactuar com o domínio do lucro sobre a arte e a cultura.

    O TUP é o grupo de teatro mais antigo ainda em actividade da cidade do Porto e um dos mais antigos do país. Há por aí muitas pessoas que ao longo destes quase 70 anos passaram pelo TUP. É pois chegada a altura, como diz Nuno Matos, de se chegarem à frente de se fazerem ouvir.

    História do TUP

    Em 1948, aos treze dias de Dezembro, o Teatro Universitário do Porto nasce com vontade própria, comum a um grupo de estudantes da Universidade do Porto, e teve em Hernâni Monteiro, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o seu primeiro dirigente. A partir de 1953, sob direcção de Correia Alves, o TUP dá os primeiros passos na tríade que desde então lhe serve como matriz: formação, renovação e experimentação. Numa época de silêncio imposta pelo regime salazarista, ousou o TUP levar à cena textos de autores como Synge, Thornton Wilder, Tennessee Williams, Aristófanes, Buero Vallejo e Lope de Vega, sendo, ao lado de outros (raros) colectivos, como o TEP, um organismo falante, denunciante, idealisticamente alternativo – vivo.

    O frenesi da denúncia e os anos revolucionários que se lhe seguiram, fizeram com que também o TUP acompanhasse o desenrolar dos tempos, atento, sempre, às linhas com que se foi tecendo a vida portuguesa nestas últimas décadas. Alargou-se, assim, a área de acção para um cada vez mais assertivo pendor experimental, traduzido principalmente na procura de novas formas de levar a arte e a cultura a cena. Abriu os braços e levou, também, estas formas novas a passear fora da cidade, marcando presença em festivais como o MITEU, em Ourense (Espanha), o FATAL, em Lisboa e o Festival Internacional de Teatro de Liège, sendo o TUP reconhecido nos primeiros dois, com Alan, de 2010, encenado por António Júlio, a regressar com o primeiro prémio.

    A História do TUP vive do que está escrito e assente, mas existe principalmente no que não é mero dado, ou facto. Por isso mesmo, mais do que discorrer o á-bê-cê dos nomes ‘’marcantes’’ que por lá passaram, o que realmente importa é saber que cada um dos que lá passou e tem ficado guarda a sua própria história – e todas as formas de a contar, da mesa de um café ao discurso-em-pódio num aniversário, são tão importantes como o arrumar de uma única forma nas linhas de um texto.

    O carácter não profissional e universitário do TUP é, porventura, a sua mais-valia. Há espaço para rasgar com as convenções – às vezes tão presas como raízes – que o panorama teatral da cidade do Porto ainda teima em acarinhar, há amor na vontade de fazer como o TUP sabe e quer fazer. Assim o deixem. Para além de encenações colectivas e da apresentação de textos dramáticos de autores inéditos em Portugal, gostam de criar a partir do que está lá dentro – da casa, deles, de quem está com eles. É, continua a ser, acima de tudo, uma questão de verdade e da verdade – porque o Teatro não tem de ser mentira.

    Hoje, continuam a apostar na formação, porque querem ver o TUP crescer; querem gente interessante de ver, que encha a casa do que tem para dar, que goste de dar mesmo quando faz ferida – que fique. E que, como disse o Mestre José Rodrigues, escultor e antigo cenógrafo do TUP: «Alertar, não deixar ninguém esquecer. Lembrar, lembrar constantemente. E não perder a memória. Compete ao TUP ser uma espécie de despertador. Não agredir, despertar. Mostrar às pessoas que ser curioso é fundamental».

    A história do TUP podia ser uma história contada de forma convencional, feita de números e datas; de dados históricos e acontecimentos relevantes. No entanto, falar da história do grupo de teatro, ainda em actividade, mais antigo da cidade do Porto seria banalizar aquelas que têm sido as suas características mais reconhecidas: a vontade de inovar e de experimentar.

    A importância do TUP no teatro português, em especial no teatro do Porto, não se mede, nunca se poderia medir, em estatísticas desapaixonadas, acontecimentos pontuais e recortes de jornais. A importância do TUP está intimamente ligada à natureza da própria instituição, orgulhosamente universitária e amadora. É da paixão dos seus elementos que vive o TUP. Da paixão e, consequentemente, da sua dedicação sem limites. E só se faz teatro como o do TUP, experimental para lá da definição de «teatro experimental», inovador, arrojado e inconformado, com paixão e dedicação; com a vontade permanente de arriscar, de ir mais longe, de não ser refém de convenções.

    Mas falar do TUP, contar a sua história, é, acima de tudo, falar com o coração nas mãos. Falar das suas memórias, histórias e experiências, muitas destas escritas para serem decoradas e ditas em palco, ouvidas por um público que as reconhece como suas. E é este uma dos maiores motivos de orgulho de muitas das gerações de actores que passaram por lá, que passam por lá, que querem continuar a passar por lá. O orgulho da criação de textos originais, construídos de raiz, da raiz de cada um; o criar um teatro que também é a fazer de conta mas que nunca é uma mentira ou sequer uma verdade ficcionada. É, sim, a mais pura das verdades, muitas vezes dolorosa, durante tanto tempo guardada, mantida em segredo.

    Falar do TUP será para sempre falar de amor e desamor, de saudade, da perda irreparável, das dores e alegrias do crescimento. Falar do TUP será sempre tudo isto porque tudo isto é a verdade que os alimenta e os faz encarar o teatro com seriedade, dedicação e paixão. Acreditam nisto. Acreditam que são as suas próprias ferramentas de trabalho. E no entanto não é trabalho. É amor.

    Amor que, infelizmente, está a passar ao lado de quem mais deveria estar com eles, a Universidade do Porto.

    Norberto Veríssimo | Portugal Alerta!

    triste notícia esta que me enche de raiva…por lá andei entre 1967 e 1972, lá fiz parte da peça Fuenteovejuna de Lope de Vega como se pode ver nas fotos anexas, com o saudoso Mário Viegas, música do saudoso Zeca Afonso e figurinos de Mestre José Rodrigues…e tanta gente…local onde tanto aprendi…

    ler aqui as minhas recordações do TUP tup