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13.13. O FIM DO HUMOR E O POLITICAMENTE CORRETO
Ter humor é possuir a capacidade de perceber a discrepância entre duas realidades: os factos (brutos) e o sonho, as limitações do sistema e o poder da fantasia criadora. No humor ocorre um sentimento de alívio face às limitações da existência e das próprias tragédias. O humor é sinal da transcendência do ser humano para além de qualquer situação. O humor é libertador. Por isso sorrir e ter humor sobre o que nos rodeia, sobre a violência com a qual a sociedade e as suas regras nos pretendem submeter, é uma forma de nos opormos a ela. Somente aquele que é capaz de relativizar as coisas mais sérias, embora as assuma, pode ter bom humor. O maior inimigo do humor é o fundamentalista e o dogmático. Ninguém viu um terrorista sorrir ou um severo conservador esboçar um sorriso. Geralmente são tão tristes como se fossem ao seu enterro. Basta ver os rostos crispados. Como afirmava Nietzsche, “festejar é poder dizer: sejam bem-vindas todas as coisas”. Pela festa o ser humano rompe a monotonia do quotidiano. Façamos uma festa…!
Vivo num mundo diferente e não me espanto de blogues que se limitam a recordar o politicamente correto e tudo o mais que é objecionável. Sem questionar o feminismo ou outros ismos: antissionismo, antilourismo (das loiras) todas as piadas são objecionáveis por se basearem em estereótipos, sejam humanos, animais ou políticos, que não são uma nem outra coisa. Assim, depois dos defensores desses “ismos” terem colocado as suas objeções, a favor deste ou daquele, por se basearem em clichés de mulher, louras e louros, alentejanos, políticos e políticas (destas ainda há poucas), de judeus (e outras religiões, cristãos ou islâmicos), de nacionalidades ou continentes (como os africanos), os pobres, os ricos, os estudantes e os professores, os animais (mesmo os que estão nas malas dos carros junto com a esposa ou esposo), verão o que fica: NADA. Acabava-se o humor.
É verdade que me sinto mais incomodado com a violência gratuita, as imagens cheias de “innuendo” (insinuações) da TV, desde os telejornais às séries, pois são armas de estupidificação globalizante que a todos corroem. O humor usa a linguagem dos estereótipos que hão de ser substituídos com o tempo, ciclicamente, tal como a frase “bota-de-elástico” foi substituída por “cota”. Desde a década de 1980 vi surgir a censura dissimulada em fundamentos razoáveis e aceitáveis, pretendendo sanitizar as mentes. Já o vi na Austrália quando o politicamente correto foi introduzido na linguagem em meados daquela década. Como tradutor profissional tive de o seguir, mas como ser humano, inteligente (no sentido de pensante) recuso-o tanto hoje como ontem. Com o politicamente correto acaba-se o humor. Esse é o cerne da questão que ninguém quer ver.
Deve lutar-se contra a discriminação, sob todas as formas, contra o assédio sexual, político e outros, contra as propostas novas normas europeias, contra o salário mínimo de miséria e de exploração (reminiscente do início da Revolução Industrial), contra as quotas ou falta delas nos elencos femininos do governo, contra a falta de acesso a pessoas com deficiências de qualquer tipo. Lute-se contra isso tudo mas deixem o humor de lado, a menos que seja difamatório (mas sem ser pelas normas norte-americanas), grosseiro, imoral, amoral. Quando se definiu o politicamente incorreto, o politicamente correto era a forma mais fascista de sanitizar a língua, o pensamento e a vida em geral, criando uma sociedade assética e inócua. Todos iguais e cinzentos de acordo com a norma.
Não era só aqui que a situação se tornava preocupante. Havia novos canudos, por encomenda, a passagem de iletrados de qualquer nível do ensino, a massificação da ignorância nacional, o entorpecimento da mente através de programação subliminar, previamente preparada em gabinetes de psicologia de guerra. O alvo era a destruição dos pilares tradicionais da sociedade contemporânea portuguesa, incluindo a família, professores, juízes, médicos, militares e outras instituições tradicionais rumo à criação de um Homo Novus. Visava um plano sabiamente arquitetado por maçonarias, Clube Bilderberg e outros, usando como cabeças-de-turco divindades humana que acumulam funções de Presidente ou de primeiro-ministro. Do livro de Daniel Estulin, “A Verdadeira História do Clube Bilderberg” [1] cito passagens:
A história do Clube Bilderberg é a narração da subjugação impiedosa da população por parte dos governantes. Um Estado Policial Global, que ultrapassa o pior pesadelo de Orwell, com um governo invisível, omnipresente, que manipula desde a sombra, que controla o governo dos EUA, a União Europeia, a Organização Mundial de Saúde, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e instituições similares. E formula os projetos futuros da Nova Ordem Mundial. A técnica do Clube consiste em submeter a população e a sociedade a uma situação de insegurança, angústia e terror, de maneira que as pessoas cheguem a sentir-se tão exaltadas que peçam uma solução, qualquer que seja. Essa técnica tem sido aplicada aos gangues de rua, às crises financeiras, às drogas e ao sistema educacional e prisional.
Em relação ao sistema educacional é necessário dar a conhecer que os estudos realizados pelo Clube Bilderberg demonstram que conseguiram diminuir o coeficiente intelectual médio da população, para isso não só manipulam as escolas e as empresas, mas também se têm apoiado na arma mais letal: a televisão e programas de baixo nível, para afastar a população de situações estimulantes e conseguir entorpecê-la. O objetivo final desse pesadelo é um futuro que transformará a Terra num planeta-prisão num Mercado Globalizado Único, vigiado por um Exército Mundial Único, regulado economicamente por um Banco Mundial. Um mundo habitado por uma população controlada por microchips cujas necessidades vitais terão sido reduzidas ao materialismo e à sobrevivência: trabalhar, comprar, procriar, dormir, tudo conectado a um computador global que supervisionará cada um dos nossos movimentos.
Os membros do Bilderberg “possuem” os bancos centrais e, portanto, estão em condições de determinar os tipos de interesses, a disponibilidade de dinheiro, o preço do ouro e quais os países que devem receber quais empréstimos. Ao movimentar divisas, os membros do Bilderberg ganham milhares de dólares. A ideia é criar uma sociedade dócil, massificada na sua ignorância através das “Novas Oportunidades” e de outros diplomas a “martelo”, incapaz de pensar, de argumentar, de discursar ou filosofar. Como os professores mais novos já pertenciam a essa “colheita”, em breve, toda a nação portuguesa se regeria por esse protocolo entorpecente. Seria depois muito mais fácil, manipulá-los, enganá-los e explorá-los. Por outro lado, toda a sociedade iria depender economicamente do Estado para desenvolver os seus projetos e as suas atividades. Cada vez mais, a teia se enrolava em volta do pescoço de Portugal, como uma cascavel, sugando toda a vida e liberdade. Nem Salazar nem Orwell conseguiram conceber um plano tão maquiavélico, nem teriam meios de o implementar.
Perguntar-se-á, ninguém dá conta? Alguns darão, mas como não podem escrever livremente, nem os jornais ou telejornais aceitariam um discurso crítico, o povo fica sem acesso a essas opiniões divergentes. Incapaz sequer as equacionar. Dentro de uma ou duas gerações, Portugal terá a população mais dócil e manipulável da Europa Ocidental. Todos diplomados, licenciados, mestrados, com diplomas de literacia, mas poucos saberão ler e escrever e menos terão a capacidade de discernir ou pensar livre e criticamente. A nova ditadura, instaurada sub-repticiamente como um vírus informático, esconder-se-á sob o manto diáfano da democracia.
[1] Durante os últimos 50 anos, um grupo de políticos, empresários, banqueiros e poderosos tem-se reunido secretamente para planear as grandes decisões que movem o mundo e que, depois, simplesmente acontecem. O livro do jornalista e especialista em comunicação Daniel Estulin, que há 13 anos investiga as atividades secretas do Clube e ganhou três prémios de pesquisa nos EUA e Canadá, aponta quem aciona os controlos por detrás da fachada das organizações internacionais conhecidas. O livro foi editado em 28 países em 21 idiomas