13 maio as aparições marianas

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A “APARIÇÃO MARIANA” DE KNOCK:
UM “ABRAÇO NO VAZIO”
EM TORNO DE UMA “HOLOGRAFIA”?
Knock é uma pequena vila no oeste da Irlanda. Mas algo aconteceu ali em 21 de agosto de 1879, algo surpreendente que ninguém suporia poder suceder. O tempo agravara-se gradualmente durante o dia e, por volta das 19 horas, a chuva começou a cair sobre a aldeia, momento em que o arquidiácono Cavanagh voltara para casa. Mary McLoughlin, a sua governanta, acendeu uma boa fogueira de turfa e às 20h30, saiu para visitar uma amiga, Margaret Beirne. Ao passar pela igreja, reparou em várias figuras estranhas em um campo, e algo “como um altar”, com uma luz branca. Todavia, ela ignorou o facto e prosseguiu o seu caminho. A chuva ainda caía forte e ela não se questionou sobre o que se seria tudo aquilo, embora “achasse muito estranho”. Dois outros paroquianos viram igualmente as mesmas figuras e reagiram de forma semelhante.
Por vezes o céu iluminava-se e, além da igreja ficava mais claro e branco “de modo que a empena do templo parecia uma parede de neve”. Foi nessa área luminosa que todos viram as três figuras. Todas elas usavam deslumbrantes roupas brancas prateadas. Atrás deles havia um altar encimado por uma grande cruz. Diante da cruz, via-se um pequeno cordeiro “voltado para o poente”.
A túnica de Nossa Senhora, de um branco resplandecente, era coberta por um grande manto branco, fechado no pescoço e caindo em dobras largas até os tornozelos. Na sua cabeça havia uma coroa brilhante encimada por cruzes brilhantes, e na cabeça, onde a coroa tocava a testa, havia uma rosa deslumbrante.
Três das testemunhas disseram ter notado que os seus pés estavam descalços. Uma mulher, Bridget Trench, ficou tão entusiasmada com o espetáculo que caminhou fervorosamente até às aparições para beijar os pés da Virgem.
MAS OS SEUS BRAÇOS FECHARAM-SE EM TORNO DO VAZIO.
“Querendo beijá-la, eu não sentia nada além da parede, mas as silhuetas pareciam tão cheias de vida da nossa altura que eu não conseguia entender, e me perguntava por que minhas mãos não podiam sentir o que eu via algo tão claro, tão distinto.”
Bridget afirmou também que a chuva caía com violência, mas acrescentou:
Verifiquei cuidadosamente o solo com as mãos e vi que estava perfeitamente seco. O vento soprava do sul contra o telhado, mas nem uma gota de chuva caiu na parte da empena onde estavam as figuras.
Face ao descrito parece sugestiva a hipótese – já apontada para o caso de Fátima e outras similares demonstrações de controlo coletiva – estarmos perante um quadro cenografado por uma “inteligência/psiquismo” que, conhecendo a fundo a iconografia essencial dos cultos religiosos – no caso, a devoção mariana milenar – teve a capacidade de encenar, com meios que ainda hoje nos escapam, os quadros teatrais suscetíveis de seduzir as massas crentes e aglomerá-las em grande número, com fins ainda por elucidar. O facto é que em Knock vimos dois detalhes essenciais que parecem corroborar a existência de uma arte cenográfica requintada para a época (e ainda para os nossos dias!): 1) o facto de uma das testemunhas “abraçar o vazio” quando tentou tocar e beijar os pés nus da “Senhora”, efeito de tecnologia requintada que nos sugere fatalmente o potencial dos efeitos holográficos crescentemente utizados em clássicos de antecipação científica do cinema, como o Star Wars, e que transportou a imagem da Princesa Leya Organa para junto dos seus comparsas estando ela à distância de anos-luz. Recurso sofisticado que nem os habitantes de Knock ou de Fátima poderiam distinguir da magia… ou do milagre…; 2) a paradoxal secura do solo ao invés da torrente de água que caía do céu, algo que corrobora o efeito registado em Fátima 1917 quando do fenómeno dito “solar” de 13 de outubro, com a instantânea secagem do solo e da roupa dos peregrinos, algo a que a hipótese de uma emissão de microondas torna razoável e racional.
In Vallée, Jacques, Crónica das Aparições Extraterrestres. Do folclore aos discos voadores. Paris, J’ai Lu, 1972.
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Agostinho Leite D’Almeida

Claro que no quadro do atcual estadio do nosso conhecimento a hipótese “efeitos especiais” parece muito mais plausivel do que a hipótese de uma intervenção “sobrenatural”. Sobretudo a partir da hipótese nietzshiana da “morte de Deus” e da afirmação pro…

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Joaquim Fernandes

Sobretudo quando em laboratório podemos mimar os efeitos psicofísicos registados e transmitidos pelas testemunhas em Fátima em especial a 13 de Outubro, como o triplo efeito calor-secagem do solo e da roupa-zumbido auditivo. O trovão também era um prot…

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